Pentecoste tem a maior concentração de renda entre 12 municípios da região do Vale do Curu e entorno, com índice Gini de 0,56 (escala de 0 a 1) e a menor taxa de crescimento entre os municípios analisados. Estas são duas das revelações do estudo Conjuntura Socioeconômica de Pentecoste e Região, elaborado pelo economista e consultor em gestão pública, Sérgio Buarque, e apresentado numa palestra, realizada nesta sexta feira (29), no auditório do Centro de Pesquisa.
O primeiro encontro do ciclo de debates do movimento Pentecoste Olha pra Frente teve como mediador o sociólogo e professor Tony Ramos Ribeiro. Também compôs a mesa a engenheira do DNOCS, Inês Nobre. O encontro atraiu vereadores, lideranças políticas, professores e cidadãos comuns da sede e da zona rural de Pentecoste. Os participantes reconheceram a importância da discussão trazida pelo movimento e fizeram perguntas, que constarão de uma publicação.
O movimento Pentecoste Olha pra Frente divulgou a lista de temas que estarão em discussão nos próximos meses. O próximo encontro será dia 12/2, como o economista e ex-presidente do banco do Nordeste, Roberto Smith, falando sobre Pentecoste e o Porto do Pecém: perspectivas de emprego e renda. A palestra será numa sexta, no mesmo local, em data a ser divulgada pelo movimento.
Outros dados
Sérgio Buarque mostrou dados positivos de Pentecoste, destacando avanços no índices da educação básica, na área ampliação do rebanho e da área colhida, nos últimos anos, “mesmo em situação de seca”. Ele mostrou que, na economia, o município tem o sexto maior PIB, entre os analisados. Mas, na área social, ainda apresenta mortalidade infantil de 20,4/1 mil e analfabetismo de 31,5%.
Outros dados que impressionaram o economista foram as taxas de extrema pobreza (pessoas vivendo em situação de miséria) de 25,4% da população e de homicídios, de 44,9/100 mil. “Este é o pior resultado entre os municípios observados e o sexto maior índice de homicídios de todo o estado”, explicou Buarque, lembrando que os dados são de 2013. “Espero que esteja diminuindo”, ponderou, “porque são números muito altos”.
Enviado pelo Jornalista Alberto Perdigão
Meus amigos, me perdoem, mas essa taxa de analfabetismo divulgada nessa pesquisa é equivocada, inaceitável. Não sei acerca da fonte,e minha intenção não é desmerecer ou desqualificar este ou aquele que fizeram o estudo, porém, essa taxa de 31,5% de analfabetismo em Pentecoste é irreal, incoerente, senão "doida", uma vez que está mais de 100% acima da taxa do Estado do Ceará e a da Região Nordeste.
ResponderExcluirDe acordo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),as taxas de analfabetismo do Estado do Ceará e Região Nordeste são respectivamente 15,85% e 16,6%.
Alguém explicar essa pesquisa?