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terça-feira, 17 de novembro de 2015

Expedito Silva em: A PORQUINHA APAIXONADA


Localidade de LOGRADOURO
(Logradouro tem o significado de área de pasto livre)

A POESIA
NO MUNDO
POPULAR

IDENTIDADE CULTURAL


Tejuçuoca - Ce
Novembro / 2015

A PORQUINHA APAIXONADA
Autor: Expedito Silva

Certo dia eu acordei
Com vontade de escrever
Quatro horas da manhã
Só fiz mesmo me benzer
E com muita alegria
Comecei esta poesia
Para contar pra você.

Debaixo do meu alpendre
Naquela linda manhã
Escrevendo coisas lindas
Palavras tão belas e sãs
Escrevendo ali tão só
Ouvindo o rouxinol
E o rangido das rãs

Eu estava muito triste
No meu canto a escrever
Derramando minhas mágoas
Por quem só me fez sofrer
Eu estava escrevendo
E meu coração sofrendo
Sem vontade de viver.

A dor da separação
É forte e machuca a gente
Despeja um mar de tristeza
Perturbando nossa mente
Tirando-nos a alegria
Só me resta a poesia
Para me deixar contente

Fiz uma poesia linda
Que falava de amor
De um homem apaixonado
Que não agüentava a dor
De ver a sua paixão
Abandonar seu coração
Por um ricaço doutor

Um homem pobre sofrido
Que vivia do amar
Corpo queimado de sol
Sempre estava a trabalhar
Quando chegava à tardinha
Vestia a roupa que tinha
Corria para namorar

                            O que me surpreendeu
Quando li a poesia
É que senti uma lágrima
Que bem no meu pé caia
Fiquei muito admirado
Olhando pra todo lado
Se eu chorava, não sabia

E fiquei muito surpreso
Se eu chorava não sabia
Só que bem perto de mim
Uma porquinha ali comia
A bichinha estava rolando
Lá no cimento chorando
Por causa da poesia

A porquinha gostou tanto
Que começou a chorar
A força da poesia
Separa e faz  se ajuntar
Não esqueço isso jamais
Pois até os animais
Tem o direito de amar

Quando vi o desespero
Daquela linda porquinha
Que abandonou seu milho
Deixando para a galinha
E fui conversar com ela
Vi que como donzela
A porca coração tinha

Ela contou sua história
Que parecia com a minha
Tinha gostado de alguém
O qual lhe deixou sozinha
Eu ali só escutando
E também me apaixonando
Pela a história da porquinha

Ela disse que amava
Um tão famoso Barrão
Desses grandes musculosos
Parecendo um bombadão
Que escrevia poesia
Dava flores todo dia
E roubou seu coração

E vendo aquela sena
                                  Tamanha lamentação  
Fiquei com pena da porca
Que triste situação!
Ela triste ali tão só
Fiquei morrendo de dó
E com raiva do Barrão

Meu povo bom acredite
Nesta história verdadeira
Eu digo por que vi tudo
E esta não foi à primeira!
Conversar com os animais
Isso eu já fiz por demais
Conversei a vida inteira!

E este negócio de amor
É difícil de agüentar
Perturba qualquer cabeça
Faz até bicho falar
Por isso preste atenção
Cuidado com o coração
Na hora que for amar

Não pense que  é mentira
Que é lorota, coisa assim
Este cordel da porquinha
Ele foi feito por mim
Se  não quer acreditar
Corra e vá perguntar
Ao finado Zé Mudim

O meu cordel é tão simples
Todo escrito no papel
Pra Maria e  Raimundo
Para o João e Emanoel
E dizer que neste ano
Nós estamos resgatando
A cultura do cordel.

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