Acusados de fraudes em licitações em Paraipaba estão todos afastados da prefeitura

Dois deles, ligados à Comissão de Licitação, permanecem presos a pedido da Procap. Oito secretarias municipais permanecem desocupadas e prefeita pode enfrentar um processo de cassação

Todos os dezesseis servidores municipais da cidade de Paraipaba, município vizinho, que foram presos na semana passada acusados de envolvimento em fraudes de licitações no município estão afastados de seus cargos na administração da prefeita Joana D’arc Batista (PP).

A expectativa de moradores de Paraipaba é de que hoje a chefe do Executivo Municipal indique novos nomes para as funções. O pedido de afastamento foi feito pela Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), órgão vinculado ao Ministério Público Estadual (MPE), e acatado pelo juiz do município, Marcelo Nobre, na última 6a.feira.

Além do afastamento do cargos, a Procuradoria pediu a prisão preventiva de dois dentre os 16 presos: a do controlador do município, Arnaldo Carneiro, e a de um dos membros da Comissão de Licitação, Manoel Paiva. Eles continuam detidos em Fortaleza.

As outras 14 pessoas que estavam presas foram liberadas na 6a.feira, por força de concessão de habeas corpus, portanto, antes do prazo previsto pela prisão temporária, que é de cinco dias.

O advogado de defesa do controlador afastado do município, Fernando Macambira, afirmou que já entrou, ontem, com outro pedido de habeas corpus para a liberação de seu cliente.

Até a tarde de ontem, oito pastas continuavam desocupadas no município.

Conforme O Povo mostrou na última quinta-feira, as salas de oito secretarias estavam de portas fechadas e trancadas. As pastas não funcionavam, nem prestavam atendimento à população desde 3a.feira.

O Povo