A informação foi confirmada em laudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado nesta terça (26). Ao todo, cerca de 29 milhões de brasileiros ficaram sem energia.
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A principal causa para o "apagão" ocorrido no Brasil no dia 15 de agosto foi uma falha no desempenho de equipamentos de parques eólicos e solares, localizados próximos à linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II, no Ceará. A informação foi confirmada em laudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado nesta terça (26).
“A análise da perturbação permitiu constatar que o desempenho dos controles em campo, de usinas eólicas e solares, em especial no que tange à capacidade de suporte dinâmico de potência reativa, foi muito aquém dos modelos matemáticos fornecidos pelos agentes e representados na base de dados oficial de transitórios eletromecânicos”, diz o relatório do ONS.
O operador informa que a diferença entre o desempenho dos equipamentos e as simulações “não permitiu ao ONS identificar os riscos relacionados ao cenário operativo pré-distúrbio”, que provocou a queda de energia.
Com a divulgação do documento, chamado de Relatório de Análise de Perturbação (RAP), agentes do sistema elétrico poderão manifestar-se. O relatório será finalizado até o dia 17 de outubro.
RELEMBRE
Além do Ceará, o blecaute afetou outros 24 estados e o Distrito Federal. Ao todo, cerca de 29 milhões de brasileiros ficaram sem energia. A interrupção começou às 8h30 do dia 15 de agosto, com queda no fornecimento de 19 mil megawatts naquele horário.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste o serviço foi restabelecido quase que integralmente em menos de uma hora. Já na Região Nordeste, a recuperação demorou mais. Foram necessárias três horas para restabelecer apenas 70% da carga afetada. O impacto foi ainda maior na Região Norte, com recuperação da carga em cerca de sete horas.
jj
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