Ele e outros três militares foram condenados a 275 anos de prisão pela série de crimes que deixou 11 mortos na região da Grande Messejana em 2015. A Interpol divulgou a ficha criminal do policial com as condenações de homicídio, tentativa de homicídio, tortura física e tortura mental.
O policial militar Antônio José de Abreu Vidal Filho, condenado pela Chacina do Curió, em Fortaleza, entrou para a lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). O agente mora nos Estados Unidos desde 2019, quando desertou da Polícia Militar e se mudou com a família. Abreu Vidal é natural de São Luís (MA), mas atuava na Polícia do Ceará.
Ele e outros três militares foram condenados a 275 anos de prisão pela série de crimes que deixou 11 mortos na região da Grande Messejana em 2015. A Interpol divulgou a ficha criminal do policial com as condenações de homicídio, tentativa de homicídio, tortura física e tortura mental.
O perfil de Abreu Vidal está nas “red notices” (notícias vermelhas, em tradução literal). Isso significa que o pedido foi feito pelo Brasil, para colocá-lo na lista de pessoas a serem localizadas e provisoriamente capturadas. A Interpol, contudo, explicou que cada país membro aplica as próprias regras com relação.
No caso dele, a Justiça comunica a sentença à Polícia Federal para que, por meio da Difusão Vermelha da Interpol, o condenado possa ser preso em solo estrangeiro e extraditado para o Brasil.
A defesa do policial disse que entrou com um pedido de habeas corpus. "Impetramos um Habeas Corpus junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará pleiteando a revogação da prisão preventiva, invocando precedentes do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal nos casos do atual Presidente da República e do ex-governador do Rio de Janeiro", disse o advogado Delano Cruz.
Condenação
Após cinco dias de julgamento, a Justiça do Ceará condenou quatro policiais militares réus por participação nos crimes da Chacina do Curió, que resultaram na morte de 11 pessoas, em novembro de 2015. As penas, determinadas no último dia 25 de junho, somadas chegam a 1.103 anos e oito meses. Os condenados tinham a opção de entrar com recurso.
Foram julgados nesta primeira etapa: Marcus Vinícius Sousa da Costa, Antônio José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio.
O julgamento foi realizado no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. As penas foram estipuladas pelo Colegiado de juízes após decisão tomada pelo júri na madrugada. Com a sentença, os quatro réus perderam o cargo de policial militar e tiveram negado o direito de responder pelas penas em liberdade.
Confira as penas dos policiais militares:
>> Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
>> Antônio José de Abreu Vidal Filho: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
>> Wellington Veras Chagas: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
>> Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
Para os quatro agentes condenados, a prisão é provisória com audiência de custódia a ser agendada.
g1ce
Nenhum comentário:
Postar um comentário