Prefeito e vice de Pacajus podem ser cassados por suposto desvio de quase R$ 50 milhões

Segundo a denúncia, o prefeito Bruno Figueiredo (PDT) e o vice-prefeito Francisco Fagner (União) não fizeram os repasses das contribuições previdenciárias ao Instituto de Previdência de Pacajus de 2020 a 2022.

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Prefeito e vice da cidade de Pacajus podem ter os mandatos cassados. Ambos são denunciados pela Câmara dos Vereadores da cidade por suposto desvio nas contribuições previdenciárias dos servidores, que somam quase R$ 50 milhões.

Segundo a denúncia, o prefeito Bruno Figueiredo (PDT) e o vice-prefeito Francisco Fagner (União) não fizeram os repasses das contribuições previdenciárias ao Instituto de Previdência de Pacajus de 2020 a 2022.

A falta de envio dos valores no prazo de vencimento resultou em juros, correção monetária e multas sobre a dívida inicial. "A Câmara aprovou a denúncia com os 9 votos dos que estava presentes, e abrimos a denúncia contra o prefeito e vice sobre desvios. Vamos dar todo o suporte e oferecer os procuradores da Casa para que eles possam investigar", explicou o presidente da Câmara dos Vereadores, Tó da Guiomar (União).

Ainda segundo o parlamentar, a situação também causou déficit nas fontes de custeio dos benefícios previdenciários de aposentadoria e de pensão dos servidores públicos efetivos.

A análise da acusação aconteceu nesta quinta e contou com embates e manifestações da população. A polícia chegou a esvaziar a Casa, após supostamente dois homens estarem armados.

Para o ex-presidente da Câmara e atual líder do Governo, Didão (PDT), a denúncia é frágil e pode ser uma manobra de tomada de comando do executivo. "Os mesmos que votaram a favor da denúncia somaram-se à base do prefeito Bruno e, agora, por interesses duvidosos recorrem a farsas institucionais para derrubar um gestor eleito pelo povo pacajuense e que não cometeu qualquer crime".

Para apurar o caso, foi instalada uma comissão. Auricélio Bezerra Júnior, Eulalio de Castro Pontes e Ronielly Maciel da Costa foram os parlamentares sorteados para compor o colegiado.

Em nota, a Prefeitura de Pacajus informou que "a Câmara, estranhamente, acatou a denúncia, apresentada horas antes e sem estar na ordem do dia. Respeitamos a decisão, que é prática e função do parlamento, mas lamentamos, visto que o processo como iniciou-se é casuístico e inconsistente".

jj