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sábado, 13 de maio de 2023

Consórcio do crime: líder de facção ligado a empresários no Ceará é preso em Cuiabá

Conforme o promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto, a prisão é importante e também decorrente da atuação do órgão acusatório. O capturado é o 17º alvo capturado em decorrência da operação e deve ser transferido ao Ceará a qualquer momento.

    📷Foto: Reprodução

Mais um suspeito de integrar esquema criminoso do 'monopólio do jogo do bicho' foi preso. Antônio Brasileiro da Silva Neto, de 31 anos, apontado como liderança de uma facção na região Norte do Ceará e ligado a empresários também investigados por suposta participação em um 'consórcio do crime', foi preso.


Antônio Brasileiro estava foragido da Justiça Estadual do Ceará e foi localizado na cidade de Cuiabá, estado do Mato Grosso. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a prisão do suspeito é um desdobramento da terceira fase da operação 'Jogo Incerto', deflagrada no último mês de abril em parceria com o Ministério Público do Ceará (MPCE), para combater a atuação de uma organização criminosa no Interior.


Antônio e outros 14 homens foram indiciados pela Polícia Civil do Ceará, no dia 2 de maio de 2023, por crimes, como: ameaça, constrangimento ilegal, roubo, associação criminosa e incêndio. A reportagem apurou junto a documentos oficiais que, para os investigadores, "Antônio Brasileiro da Silva Neto é a maior representação do Comando Vermelho ligado aos municípios de Apuiarés e Pentecoste".


O suspeito já vinha sendo monitorado em Cuiabá. Nessa quarta-feira (10), policiais conseguiram flagrar o momento em que Antônio saia de uma residência. Ao perceber a presença dos policiais, ele teria retornado para dentro de casa e quebrado seu aparelho celular.


Conforme o promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto, a prisão é importante e também decorrente da atuação do órgão acusatório. O capturado é o 17º alvo capturado em decorrência da operação e deve ser transferido ao Ceará a qualquer momento.


EMPRESÁRIOS

A reportagem apurou que há, pelo menos, três empresários supostamente ligados a uma facção criminosa carioca e indiciados devido ao esquema. Veja quem são eles:


  • >> Marco Antônio Bastos Gomes - Sócio administrador de uma loteria
  • >> João Victor Feitosa Rodrigues Rebouças - empresário e sócio de loteria
  • >> Paulo Laércio Bastos Gomes. Ex-sócio da loteria, desvinculando-se aparentemente após a aliança com a facção, mas as investigações apontam que ele continua exercendo gerência


A movimentação financeira do bando era milionária: "um dos presos nos relatou que o repasse semanal dele girava em torno de R$15 a R$20 mil, isso somente um gerente de uma banca. Eles estavam tentando o monopólio em Pentecoste e Apuiarés, além de outras cidades como a região do Acaraú e Itapipoca", disse fonte da Polícia Civil.


No inquérito enviado ao Judiciário, a PCCE destaca que: "após os cambistas terem suas bancas fechadas por membros da facção criminosa Comando Vermelho, indivíduos, se dizendo representantes de uma outra banca de jogos, ofereciam a oportunidade de retorno as atividades a estes cambistas, isto, se aderissem à proposta da banca indicada por eles".


INVESTIGAÇÕES

O trio de empresários Márcio José de Lima Souto, homem de confiança da empresa que lidava diretamente com a facção, sendo usado como meio de blindar os reais, já tinham sido alvos da 'Operação Saturnália', em outubro de 2022.

Na Operação Saturnália, a PCCE informou que criminosos movimentaram pelo menos R$ 25 milhões. Ainda no ano passado foram apreendidos 17 veículos (avaliados em quase R$ 5 milhões), cerca de R$ 800 mil em espécie, jóias, armas de fogo, documentos, computadores, máquinas e cadernos de contabilidade.


Na época, a defesa de Marco Antônio, João Victor e Paulo Laércio disse que eles já foram interrogados e prestaram relevantes esclarecimentos à Autoridade Policial, os quais estão sendo aprofundados pela atuação da defesa e "revelarão que as suspeitas que ainda recaem sobre si decorrem de incompreensões e de duelos de narrativas fomentadas por desafetos e concorrentes".


A SSPDS destaca que a população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser encaminhadas ainda para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social.



Diário do Nordeste

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