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quarta-feira, 19 de abril de 2023

Prefeito denunciado por corrupção é hospitalizado às pressas e evita ida a prisão no Ceará

Prefeito foi internado em hospital no momento em que foi anunciada a prisão. Ministério Público denuncia esquema de corrupção que envolve R$ 19 milhões entre 2021 e 2022.

📷Foto: Reprodução

O prefeito de Pacatuba, Carlomano Marques, foi hospitalizado às pressas nesta terça-feira (18) para evitar ir a presídio após a polícia dar voz de prisão por corrupção. Além dele, 22 pessoas foram capturadas em uma operação do Ministério Público do Ceará que aponta desvio de R$ 19 milhões entre os anos de 2021 e 2022. Na operação, foram apreendidos cerca de R$ 400 mil e três carros de luxo.


O prefeito foi hospitalizado no momento em que foi anunciada a prisão e está internado sob escolta policial. A defesa de Carlomano Marques afirmou que não iria se pronunciar sobre a acusação de corrupção.


"Carlomano Marques, que é septuagenário, precisava ser hospitalizado por reunir algumas comorbidades sensíveis que repercutem em sua saúde como, hipertensão, sequelado de AVC, portador de insuficiência cardíaca grave e miocardiopatia isquêmica, no que os senhores Promotores de Justiça, prudente e responsavelmente aquiesceram", diz o advogado.


A investigação apura a prática de crimes contra a administração pública e fraude em licitações realizadas pela prefeitura.


Segundo o Ministério Público, diversas secretarias municipais de Pacatuba "faziam uso sistemático de dispensas de licitação", mediante a contratação de fornecedores, incluindo pessoas físicas sem condições de cumprir os serviços pagos, com objetivo de forjar atividades contratadas.


Durante a ação, foram cumpridos mandados de prisão contra 23 pessoas, incluindo o prefeito e os secretários do Desenvolvimento Agrário; Saúde; Desenvolvimento Econômico; Assistência Social; Finanças; e de Segurança, Defesa Civil e Patrimonial; bem como ordenadores de despesas da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e da Secretaria de Cultura; integrantes do Gabinete do Prefeito; o presidente do Fundo Municipal de Previdência Social dos Servidores de Pacatuba (PacatubaPrev); e a procuradora-geral do Município.


Afastados da função

Por determinação da Justiça, os gestores públicos foram afastados de suas funções por 180 dias.


O Poder Judiciário determinou ainda o encerramento dos contratos da prefeitura com as pessoas físicas e jurídicas investigadas. Durante a operação, ainda foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão nos municípios de Pacatuba, Caucaia, Fortaleza, Horizonte e Iguatu.



g1ce

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