A família reclama não conseguir transporte gratuito para o paciente de Pentecoste até o Hospital Geral em Fortaleza, onde ele faz o tratamento de quimioterapia ou radioterapia. "Estou vendo a hora morrer", desabafa o homem.
Desde que descobriu que tinha Leucemia há seis meses, Israel de Castro Marques luta não apenas contra a doença mas também pelo direito de conseguir um transporte da saúde para conseguir fazer seu tratamento de forma interrupta. A família reclama não conseguir transporte gratuito para o paciente de Pentecoste até o Hospital Geral em Fortaleza, onde ele faz o tratamento de quimioterapia ou radioterapia.
Pedreiro profissional há 22 anos, Israel mora em uma casa simples com sua esposa e seus dois filhos, na Rua Raimundo Firmino de Sousa, no Bairro Novo Jerusalém em Pentecoste. Desesperado com suas consultas atrasadas e as vezes sem tomar a medicação para conter a doença por falta de transporte público, Israel acionou a reportagem do Blog Notícias de Pentecoste para denunciar o caso.
Nossa equipe foi recebida pelo internauta em sua residência na trade desta quarta-feira (5). O homem conta que atualmente, só está conseguindo ir fazer o tratamento quando aparece voluntários. São essas pessoas que se sensibilizam e se preocupam com o estado de saúde de Israel e procuram ajuda-lo com as viagens até o HGF. Mas não é todas as vezes que ele consegue carona de amigos para conseguir fazer suas consultas e tratamento.
O pai de família disse que ontem foi mais uma vez até a Secretaria de Saúde de Pentecoste em busca de vaga nos transportes da saúde para fazer seu tratamento, mas não logrou êxito. Segundo Israel, não tinha transporte disponível nem vaga disponível no momento.
Em entrevista, o homem chora. Se sente humilhado e desamparado do poder público. Ele teme morrer por não conseguir uma vaga nos carros da saúde para leva-lo ao Hospital em Fortaleza, para realizar os procedimentos de saúde.
"A minha situação está meio complicada. Vou atrás de um transporte chego lá não tem, fica mandando a gente esperar a vaga pro outro dia sendo que a gente tem que está no mesmo dia lá dentro do hospital para tomar a medicação, aí a resposta que a gente recebe é aguarde aí quando parecer vaga eu coloco vovê na vaga de quem faltar. Isso é lá negócio rapaz! O médico marcou aqui dez dias atras um do outro, e eu não tenho mais condição de ir não. Meus amigos já me ajudaram muito me dando o transporte pra mim ir fazer o tratamento. Eles me levam, vão me buscar me deixam em casa...mas agora eu estou com minhas medicações tudo atrasadas, tô vendo a hora morrer", desabafa.
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceara (Hemoce) é quem fornece a medicação que ajuda no tratamento contra a Leucemia, doença que Israel luta para sobreviver. Acontece que o medicamento só é liberado do Hemoce para o HGF, quando eles tem a certeza que o paciente está lá para receber a medicação para que não haja perda da substância. O paciente precisa chegar lá e registrar seu nome, para poder receber a medicação.
Com sua agenda de tratamento completamente desregulada, faltando por falta de transporte, o homem tem sua saúde agrava toda vez que falta as sessões de quimioterapia.
"O negócio é sério. Taí, o médico marcou do dia 27 de setembro à 17 de outubro pra mim ficar indo todos os dias, mas eu não tenho condições de pagar um carro ra mim ir todos os dias pro HGF"
A família do pedreiro, relatou que ele, que luta contra um câncer, está tendo o transporte negado pela saúde municipal. Por isso, eles pedem ajuda de um advogado que possam representa-los.
A situação é delicada. Quanto mais sessões de tratamento o paciente perde, mais diminui suas chances de combater a doença. Por isso, Israel clama por socorro. Tudo que ele quer é viver, e para isso, ele tem que ter seus direitos como cidadão pagador de impostos assegurados. Ele pede que a situação da sua vaga seja resolvida o mais rápido possível.
Por estar acometido da doença, Israel de castro está sem trabalhar. Se você puder ajuda-lo com qualquer valor para será bem-vindo:
PIX: (85)9 9221-6959- (Maria Zuleide Barbosa de Macedo)
“A saúde é direito de todos e dever do Estado”, diz o artigo 196 da Constituição da República Federativa do Brasil. Apesar da regra ser geral, há necessidades específicas decorrentes de doenças que exigem direitos especiais, como alguns que são garantidos aos pacientes com câncer.
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