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terça-feira, 19 de abril de 2022

Açude poluído e com mau cheiro, prejudica moradores e o abastecimento de água em Serrota

Cagece disse que equipes da Companhia estão em campo realizando ajustes técnicos para solucionar a ocorrência.

Açude Escama Peixe no Distrito Sebastião de Abreu (Serrota) em Pentecoste  📷Foto: LUAN RODRIGUES

Os moradores da sede do distrito de Sebastião de Abreu (Serrota), no Município de Pentecoste, enfrentam dificuldades de abastecimento de água. Pois o principal açude que abastece todo e distrito e algumas comunidades vizinhas está completamente poluído. A água do reservatório está com coloração escura e mau cheiro.


Nossa reportagem esteve na manhã deste terça-feira (19) no manancial Escama Peixe, para registrar de perto a situação precária que os moradores daquela localidade estão enfrentando com a falta de água.


O açude atingiu sua capacidade total de armazenamento no dia 13 de abril. Há cinco anos desde a sua última sangria, a notícia logo foi comemorada pelos moradores. No mesmo dia, a comunidade também registrou uma um foto inusitado. Toneladas de peixes apareceram mortos dentro do açude. O registro foi feito por moradores e compartilhados nos grupos de WhatsApp e em redes sócias.


Assustados, populares não se sabem ainda, teria ocasionado a mortandade dos pescados. Ao tomar conhecimento do fato, a Prefeitura de Pentecoste emitiu um comunicado, informando que estaria tomando todas as medidas necessárias de intervenção e orientou aos pescadores e moradores da Serrota, que não pesquem e nem consumissem do peixe do açude por não saber o que levou a morte dos peixes.


Atualmente, as águas do manancial estão poluídas, e com um odor muito forte, pois no momento, a mesma está impropria para o consumo humano. A comunidade foi afeta diretamente com a falta d'água. Muitos estão comprando água para beber, cozinhar, tomar banho e fazer os afazeres domésticos. Quem possui cisterna em casa, estão utilizando a água da chuva como alternativa.


Uma dona de casa que não quis se identificar, reclamou que o odor tem atrapalhado o cotidiano de sua família. “Não estamos mais suportando o mau cheiro que está vindo de uma barragem com peixes mortos. Queria que algum órgão competente nos ajudasse, pois não estamos aguentando mais. O mal cheiro entra até dentro das nossas casas, e assim não dá para ficar, quero que tomem providências”.


Um outro morador cobrou da Prefeitura de Pentecoste e da Secretaria do Meio Ambiente, providências para que o problema seja resolvido.

“O mal cheiro tem tomado de conta de tudo, a fedentina está muito grande e invadindo as casas da Serrota. Queremos que a prefeitura tome as providências e a vigilância sanitária entre em ação e resolva, porque não tem quem aguente e nossas casas estão ficando podres”, protestou o morador.


Em conversa com a nossa equipe, moradores afirmam que os moradores não estão conseguindo dormir.


“Eu já liguei várias vezes para a prefeitura e não tomaram qualquer posição, disseram que não tinha o que fazer. O fedor já está há três dias tomando todo o bairro, impedindo até as pessoas de dormir. Moro bem perto do açude e peço uma providência urgente”, disse os moradores alertando sobre a necessidade da ação da secretaria de Meio Ambiente.


Nossa reportagem conversou o ativista e comunicador local, Marquinhos Mousse. Em entrevista, ele disse que provavelmente o que teria ocasionado o dano ambiental, seria uma reação química, provocado por plantações de grãos, capim e taboa, que foram inundadas, conforme o açude estava enchendo. De acordo com Marquinhos, alguns agricultores aproveitaram o espaço do reservatório enquanto estava seco para plantar no local. Com o apodrecimento das plantações, faltou oxigênio para os peixes e consequentemente, a morte dos pescados.


Em nota, a Cagece, Companhia de Água e Esgoto do Ceará, empresa responsável pelo tratamento e distribuição das águas do açude da Serrota, informou que parte do abastecimento de água da localidade foi interrompido emergencialmente devido à paralisação no sistema produtor da Cagece, que equipes técnicas estão realizando análises para aferir a qualidade da água bruta e, assim, retomar a normalidade do abastecimento. A Nota informa ainda que, a Companhia trabalha em parceria com a Defesa Civil, e que os reservatórios da companhia estão sendo abastecidos por meio de carros pipas. Durante o período de suspensão do abastecimento, a empresa orienta a população que a água reservada seja consumida com moderação, privilegiando o consumo humano e as atividades essenciais.


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