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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

URGENTE: Justiça eleitoral cassa mandato de vereador de Pentecoste por abuso de poder econômico

O promotor eleitoral Jairo Pequeno Neto, autor das ações, aponta que o pastor evangélico e então candidato Vaumir Gonçalves, valendo-se da posição de coordenador do Projeto Pró-Futuro, distribuiu cestas básicas e prometeu vantagens às famílias carentes assistidas pela ONG (Organização Não Governamental), em troca de votos e de sua promoção pessoal.

📷Foto: Arquivo Pessoal/ Redes Sociais

A Justiça Eleitoral do Ceará cassou na tarde desta quinta-feira (07) o mandato do vereador do município de Pentecoste, na região Norte do Ceará, Pastor Vaumir Gonçalves (PDT). A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral, que acusa o vereador de ter sido beneficiado pela prática de abuso de poder econômico. A decisão foi tomada pela maioria da corte.


O promotor eleitoral Jairo Pequeno Neto, autor das ações, aponta que o pastor evangélico e então candidato Vaumir Gonçalves, valendo-se da posição de coordenador do Projeto Pró-Futuro, distribuiu cestas básicas e prometeu vantagens às famílias carentes assistidas pela ONG (Organização Não Governamental), em troca de votos e de sua promoção pessoal.


LEIA TAMBÉM: Após ações do MP Eleitoral, Justiça cassa diplomas de dois vereadores do município de Pentecoste


Dias antes das eleições, o MP apreendeu cerca de cinco toneladas de alimentos que estavam sendo armazenados pelo pastor, no prédio da organização, para distribuição como forma implícita de compra de votos. Na época, a Justiça Eleitoral acatou requisição do Ministério Público e distribuiu os alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade cadastradas em programas sociais no município.


Conforme o MPE, o líder religioso utilizava, inclusive, a imagem de crianças assistidas pela entidade filantrópica nos vídeos divulgados como propaganda política, e pedia votos aos responsáveis pelos menores, prometendo-lhes casas populares e a ampliação do projeto social.


Com a decisão, o parlamentar teve o diploma cassado e está inelegível por oito anos. O político foi condenado ainda à pena de multa.


O vereador segue no cargo, até o final do recursos. Se a cassação for mantida, a vaga na Câmara de Vereadores será ocupada pelo suplente. Em 2020, o então candidato filiado ao PDT foi eleito com 952 votos para ser vereador do município.




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