Paulo Rabello de Castro, que chefiou instituto entre 2016 e 2017, diz que pandemia não é justificativa para pesquisa deixar de ser realizada.
O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo garanta a realização do Censo 2021, estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que este ano ficou de fora do Orçamento aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A justificativa teria sido os riscos das visitas dos pesquisadores durante a pandemia.
Na avaliação do economista e ex-presidente do instituto, Paulo Rabello de Castro, este é um falso argumento, já que são vistas aglomerações em festas ou, por necessidade, no transporte público.
Além disso, diz, é possível fazer a pesquisa com segurança, diz.
“[A aglomeração] não [aconteceria] com todo o protocolo que obviamente estaria estabelecido pelo IBGE, no sentido de mostrar a observância das regras de distanciamento físico que são perfeitamente razoáveis numa entrevista a dois metros de distância, e com uso de máscaras e eventualmente o uso de [álcool] gel”, argumentou durante entrevista à CNN.
E economista acrescenta que os resultados do censo servem para orientar a formulação e execução de políticas públicas. "O Censo atinge os mais diversos tipos de planejamento público, aliás, todos. É a questão do emprego, educação, transporte público, localização de leitos de UTI e assim por diante. Portanto, é inescusável a realização do Censo", explica.
“Ele [o Censo] tem que ser realizado com os cuidados e protocolos necessários. O governo está se escondendo atrás desse falso argumento de que o recenseador seria um transmissor de vírus para acobertar a tremenda irresponsabilidade de não observar a lei, porque existe uma lei federal que estabelece o Censo em no máximo dez anos.”
CNN Brasil
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