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terça-feira, 2 de março de 2021

Pico da segunda onda de Covid em Fortaleza deve ocorrer entre 12 e 22 de março, prevê pesquisa

Pico da segunda onda de Covid em Fortaleza deve ocorrer entre 12 e 22 de março, prevê pesquisa.

Foto: Reprodução/ Camila Lima


Com o cenário epidemiológico que se apresenta desde outubro em Fortaleza, quando teve início a chamada segunda onda da pandemia de Covid, um cálculo estatístico feito, na última semana, por dois pesquisadores ligados à Universidade Estadual do Ceará (Uece) projeta que um novo pico de casos da doença deve ocorrer na Capital entre os dias 12 e 22 de março. A probabilidade de que a previsão esteja correta, segundo eles, é de 98%.

A projeção também indica que a partir de 15 até 21 de abril o processo de queda dessa curva terá início. O cálculo feito pelo estatístico e professor aposentado da Uece, Antônio Cruz Vasques e pelo estatístico, professor do Curso de Computação da Uece e doutorando em Teleinformática pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Nonato de Castro, usa dados captados no Integrasus, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), referentes a 1º de outubro de 2020 a 22 de fevereiro de 2021.

A projeção se concentra na situação de Fortaleza, onde, indicam eles “a tendência é de crescimento, mostrando que o total de casos ainda não atingiu o seu segundo pico, mas começa a formar o platô, onde deverá passar alguns dias até o início do processo de descenso”.

Nonato explica que, em 2020, eles também projetaram a ocorrência do pico da doença e o prognóstico foi assertivo. Na primeira onda, o pico ocorreu em maio. “Nós fazemos um cálculo automatizado. Eu modelo para estimar quando ocorrerá o pico”, detalha.

O cálculo adota o chamado modelo SIR, que inclui na equação matemática pessoas: Suscetíveis (S), Infectados (I) e Retirados (R); que engloba os recuperados e mortos. Além disso, a estimativa leva em conta as seguintes variáveis:


>Proporção de pessoas suscetíveis a doença, ou seja, aquelas que estão expostos a Covid, mas ainda não foram infectados em Fortaleza;
>Proporção de pessoas infectadas em Fortaleza;
>Proporção de pessoas em que contraíram Covid e foram curadas em Fortaleza;
>Parâmetro de transmissão (taxa de infecção por contato infectado/suscetível);
>Número de contatos que cada contaminado possui por unidade de tempo (taxa de contato);
>Probabilidade de transmissão de infecção por contato (transmissibilidade)
>Parâmetro de recuperação (taxa de transição de infectada para recuperada;

Antônio Vasques relata que, “há exatos 10 meses, no primeiro dia de maio, eu e o professor Nonato de Castro publicamos um despretensioso artigo prevendo quando seria o pico e o início do processo de descenso da curva da pandemia utilizando um modelo estatístico de previsão muito utilizado na epidemiologia matemática, o modelo SIR. Acertamos na nossa previsão”.

De acordo com ele, na sexta-feira (25), eles concluíram um estudo semelhante.

“Espero que nossas previsões sejam confirmadas nos próximos dias, mas, no íntimo, gostaria que estivéssemos errados em nossa previsões, caindo na margem de erro de 2% para mais ou para menos, já que apontam para uma situação bem pior da contaminação nas próximas duas semanas”, diz Antônio Vasques.

Cálculo também aponta taxa de transmissão
O estatísticos calcularam ainda a Taxa de Reprodução, chamada “R” da doença. No dia 22 de fevereiro, afirmam eles, o índice, que indica o potencial de propagação de um vírus em determinadas condições, atingiu 1,43 na Capital. Quando é maior que 1, cada paciente transmite a doença a, pelo menos, mais uma pessoa. Quando é menor do que 1, menos indivíduos se infectam. Para estabilizar a pandemia, o “R” deve estar abaixo de 1.

Com essa taxa, cada morador da Fortaleza infectado pode transmitir o vírus, em média, para mais 1,43 pessoa. Assim, cada grupo de 10 doentes contamina 14 residentes na Capital. Na projeção, os pesquisadores destacam “o avanço da nova variante do vírus está muito acelerado, sendo necessária a adoção de medidas de isolamento social rígido para que a contaminação diminua”.

O prognóstico de redução dos casos a partir do dia 15 até o dia 21 de abril, indica que nesse período a curva de recuperados irá interceptar a de infectados, portanto, “a população começar a sair do isolamento social com segurança”. Eles alertam que “medidas severas de distanciamento social devem ser tomadas o mais rapidamente possível, já que há nítidos parâmetros apontando para o colapso do sistema hospitalar”.


Diário do Nordeste

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