EXCLUSIVO! Familiares de idoso denunciam "suspeita de COVID-19" em declaração de Óbito

De acordo com Rosimeire, neta de Martinho, ele não tinha doenças crônicas, diabetes e nem pressão alta. Era um idoso saudável apesar da idade.

📷Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Um atestado de óbito de um idoso tem gerado questionamentos de familiares de um idoso, que faleceu após complicações de saúde na UPA de Pentecoste.

Segundo informações de familiares, o senhor Martinho Pereira de Sousa, começou a se queixar de dores na perna há quase um mês. Após avaliações médicas, nos exames do aposentado apontou problemas de Circulação Sanguínea, onde o mesmo passou a fazer o tratamento da doença em casa.

De acordo com Rosimeire, neta de Martinho, ele não tinha doenças crônicas, diabetes e nem pressão alta. Era um idoso saudável apesar da idade.

Com problemas de Circulação Sanguínea há mais de 15 dias, o quadro do idoso se agravou ontem noite. O aposentado foi levado e atendido, no Hospital Regional e Maternidade Vale do Curu. Depois, ele foi transferido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Pentecoste, vindo a falecer na manhã desta quinta-feira (11) por volta das 08h00 da manhã, pós três paradas cardíacas.

Após o falecimento, à neta do senhor Martinho se deslocou até o consultório médico que estava prestando atendimento como se não bastasse isso, segundo a neta, a médica havia lhe falado que "era obrigada" declarar como "suspeita de COVID-19" a causa morte do falecido.

Inconformados com a perca e frustrada com laudo da morte apontado pelo médico, familiares entraram em contato com o Blog Notícias de Pentecoste para relatar o que havia com relação a esse assunto.

"Uma médica olha para um parente que acabou de perder um ente querido, e diz que é "obrigada" a butar no relatório atestado de Covid", afirma a neta Rosimeire.

Atestado médico do idoso 📷Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Apesar de não ter apresentado sintomas de Covi-19 e nem ter feito teste para comprovar a doença enquanto vivo, até aquele momento, no atestado de óbito a médica registrou a “suspeita de Covid-19”. Como se tratava de uma possibilidade de novo coronavírus, o corpo foi submetido ao protocolo de um paciente que morre com a doença no país, o mesmo que é recomendado pelo Ministério da Saúde - caixão lacrado, velórios abreviados, enterro com uma série de medidas de segurança.

As dúvidas levantadas pela família em Serra não as únicas no Brasil. No Ceará, o Sindicato dos Médicos do estado requisitou ao Ministério Público uma investigação sobre suposta pressão nos hospitais, para que médicos atestem o resultado dos óbitos com “suspeita de Covid-19”, sem a realização de exames precisos.