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sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Número de focos de incêndios cai 77% no Ceará no início de novembro, aponta Inpe


 

Os focos de incêndios em vegetação registrados nos primeiros cincos dias de novembro tiveram redução de 77,6% em comparação a igual período do ano passado, segundo dados do sistema de monitoramento por satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até ontem (5), o órgão havia contabilizado 32 queimadas, ante a 143 de 2019. A explicação para essa significativa redução, segundo o Corpo de Bombeiros, é o bom volume de chuva registrado neste início de mês.

“Quando chove, a vegetação fica úmida e acaba reduzindo as chances da propagação das chamas”, explica o major Mardens Vasconcelos, comandante do Comando de Engenharia e Prevenção de Incêndios (CEPI), em Sobral. Com isso, a média diária que historicamente fica em 62 focos por dia no mês de novembro, neste ano está em apenas 6,4 focos/dia.

Para Mardens, essa tendência de baixa pode se manter ao longo das próximas semanas diante da continuidade dos eventos pluviométricos. Ele ilustra que nesta primeira semana do mês, a corporação sediada em Sobral, responsável por atender 29 municípios da região Norte do Estado, “tem atendido bem menos ocorrências do que o habitual”. A média diária caiu 76%. “São, em média, apenas três ocorrências por dia”, ilustra.

O impacto positivo com a redução dos focos vai além da importante preservação e manutenção da fauna e flora. O representante do Corpo de Bombeiros lembra que para debelar um incêndio, usa-se 5 mil litros de água em média. “Quando é de grande proporção, esse volume tende a subir bastante”, acrescenta. Preservar o recurso hídrico em um Estado que historicamente convive com a escassez de chuva é fundamental, pontua o Vasconcelos. “A redução dos incêndios traz grandes benefícios”, conclui.

Alta média
O mês de novembro é o que possui a maior média histórica de focos de incêndios no Ceará, com 1.886 focos. Este alto índice, segundo o Tenente-coronel Nijair Araújo, comandante do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros em Iguatu, deve-se ao elevado número dos "incêndios criminosos".

Ele reconhece que há a chamada “brocada”, ato rudimentar de preparar a terra para o plantio, e que o agricultor consegue controlar, mas afirma que o grande problema são as queimadas criminosas. “O agricultor quando faz a chamada brocada tem horários pré-determinados. Geralmente é no início do dia ou no fim da tarde. Mas o que tem acontecido são queimadas em horários fora do padrão, o que demonstra que são queimadas criminosas, e não feitas pelos agricultores".

Deste modo, Nijair observa que a redução dos focos poderia ser uma constante independentemente do volume de chuva. Segundo ele, cerca de “90% das queimadas são causados pelo homem”. Consciência ambiental somado a punição a quem põe fogo ilegalmente em vegetações, segundo avalia Nijar, poderiam resultar na queda no número de incêndios.

"O problema é que não há denúncia Só temos como iniciar as investigações quando existe uma denúncia, que pode ser inclusive anônima. A sociedade tem fundamental importância nesse papel", finaliza.


G1 CE

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