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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Ceará está entre os estados onde o combustível é mais caro no Nordeste

 


O gás de cozinha no Ceará é o mais caro do Nordeste. Um botijão de 13 kg custa, em média, R$ 79,48, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Mas esse não é o único item a pesar no bolso do consumidor. Quando se trata dos demais tipos de combustíveis - diesel, gasolina, etanol e gás natural veicular (GNV) - o Estado também oscila entre as quatro primeiras colocações onde os produtos custam mais.

O levantamento da ANP leva em conta os valores praticados entre os dias 8 a 14 de novembro. E o comparativo feito pelo O POVO mostra que o preço médio do litro do etanol nos postos cearenses, de R$ 3,625, é apenas alguns milésimos mais barato do que a média praticada no Rio Grande do Norte, R$ 3,628, que lidera o ranking.

O produto também chega a custar no Estado R$ 0,52 a mais do que a média de preços praticada na Paraíba (R$ 3,099), a menor marca na Região. Mas, todos estão acima da faixa média brasileira para o item que é de R$ 3,071.

Para abastecer o carro com gasolina, o cearense paga, em média, R$ 4,472 no litro. É a quarta maior média do Nordeste. Atrás apenas da encontrada em Sergipe (R$ 4,704), Rio Grande do Norte (R$ 4,575) e Alagoas (R$ 4,539). Por outro lado, a gasolina mais barata está no Maranhão (R$ 4,152).

O Ceará também ocupa o quarto lugar no ranking do diesel e do GNV dentre os estados nordestinos, com preços médios, respectivos, de R$ 3,648 e R$ 3,212.

Porém, na comparação com a média brasileira, a maior diferença está em relação aos preços praticados no GLP, o gás de cozinha. Os cearenses costumam pagar R$ 6,46 a mais por um botijão de 13 kg do que a média do País (R$ 73,02).

Mas por que isso ocorre? Praticamente todo tipo de combustível consumido no Estado vem de fora, explica o consultor em engenharia de petróleo, Ricardo Pinheiro Ribeiro. "O próprio Rio Grande do Norte produz uma parte, mas as outras vem de mais longe, das refinarias da Bahia, ou mesmo da região Sudeste e até de outros países. E tudo isso tem um custo logístico alto".

Ele reforça que no caso do etanol, por exemplo, o combustível que abastece o Ceará vem em sua maioria pelo modal rodoviário. "O frete para chegar até o Estado é muito oneroso".

Há ainda de se considerar o peso das diferenças de tributação sobre os produtos entre as unidades federativas. Na gasolina, por exemplo, a alíquota de ICMS do Ceará é de 29%, assim como em sete outros estados da região, à exceção do Piauí que tem uma alíquota mais alta de 31%, mas em São Paulo é de 25%. Já a alíquota do diesel no Estado é de 25%.

O assessor econômico do Sindipostos, Antonio José Costa, pontua ainda que o porto do Ceará tem uma capacidade de armazenagem limitada de combustíveis, o que também contribui significativamente para o encarecimento da operação logística no Estado.

Ele também chama atenção para o fato de que o setor de combustíveis não é regulado pelo Governo, ou seja, é livre para estabelecer seus preços. "Nem sempre no Ceará é mais caro, hoje, por exemplo, ele não é o primeiro na gasolina na Região. Essas pesquisas refletem muito o momento, mas há muita flutuação. Como o mercado é livre, ou seja, tem concorrência, o estado onde está mais caro hoje, amanhã pode não estar. Depende também de como está a oferta e a procura em cada lugar".


Ceará Agora

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