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terça-feira, 28 de julho de 2020

Polícia italiana prende suspeito de assassinar transexual cearense em Milão

Corpo de Manuela de Cássia, 48, a 'Panterona', foi encontrado com cerca de 50 facadas

Por O POVO

Manuela estava investindo no setor imobiliário e pretendia abandonar profissão de acompanhante para retornar para Fortaleza, revela amigo (Foto: Reprodução)

A polícia italiana prendeu, na manhã da última sexta-feira, 24, um suspeito do assassinato da artista transexual cearense morta em Milão. O corpo de Manuela de Cássia, 48, foi encontrado na segunda-feira, 20, com cerca de 50 facadas. O suspeito, um homem italiano de 42 anos não teve o nome divulgado e seria cliente habitual da vítima. De acordo com as autoridades policiais da Itália, ele preferiu por permanecer em silêncio durante o primeiro depoimento. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

No local da prisão, os agentes apreenderam roupas, um sapato e ainda uma faca que poderia ser a arma do crime. De acordo com o jornal La Repubblica, a Polícia teria chegado até o homem ao analisar imagens do circuito interno de segurança do prédio de Manuela. As gravações mostrariam o homem entrando e saindo do apartamento da vítima e ainda a placa de seu carro.

Também de acordo com o periódico italiano, amigos da vítima reconheceram o suspeito e sua ligação com ela. O crime aconteceu na casa da cearense, na Via Plana, em Milão, no norte da Itália. O corpo de Manuela foi encontrado após vizinhos perceberem um forte cheiro de gás vindo de seu apartamento.

Segundo a polícia, o assassino deixou o gás ligado possivelmente como uma forma de provocar uma explosão ou um incêndio que ocultasse as provas do crime. As autoridades trabalham com a hipótese de que o assassinato da brasileira tenha sido motivado por uma dívida.

O corpo de Manuela de Cássia permanece em Milão. Nas redes sociais, familiares da brasileira pedem ajuda para fazer o translado para o Brasil, orçado em cerca de R$ 20 mil.

Miss Pantera Gay


"Eu passei pela vida, fiz meu caminho. Algumas lágrimas derramei, outras engoli a seco. [...] A felicidade começa dentro de mim mesma. Vou valorizar cada pessoa que possa me fazer feliz e vou me cercar de pessoas que gostam de mim. Esta sou eu. Prazer, me chamo Manuela de Cássia", dizia uma das publicações de Manuela em uma rede social.

Nascida em Fortaleza, com breve passagem em São Paulo, chegou Manuela chegou a Milão em 1996. Ela possuía perfis em sites de prostituição e, segundo a imprensa italiana, costumava atender os clientes na casa onde aconteceu o crime.

"Panterona", como ficou conhecida devido ao título de Miss Pantera Gay, ganhou destaque nacional ao participar do quadro de dublagens Gala Show, do programa Raul Gil, na Record, um ano antes de ir para a Itália. Em uma das apresentações, foi questionada pelo apresentador sobre se as mulheres deveriam ter os mesmos direitos que os homens. Sem hesitar, respondeu: "sim, porque se não tivessem, eu não imitava elas", arrancando aplausos da plateia.

No programa, ainda recebeu elogios da jurada Marly Marley, que a comparou com a atriz e cantora italiana Sophia Loren. A mulher do fumê negro nos olhos, cabelos longos cacheados, lente de contato cinza, batom vermelho e roupas com estampa de onça, via, na chegada ao continente europeu, a oportunidade para dar uma vida melhor à família.

"Ela sempre foi meu tudo, amável, carinhosa e muito família", conta a irmã Lisieux Alves. Manuela tinha em Lisieux um alicerce e nos sobrinhos Cauê, 15, e Kyara, 7, os herdeiros. O cuidado vinha tanto em ajuda financeira, custeando educação, transporte, saúde e lazer dos três, como nas longas conversas diárias por telefone e aplicativos de mensagem.

Desde o ano passado, Manuela dividia o apartamento com Lorena Sandrinny, 38. "Ela era muito generosa, muito boa de coração e experiente. Era ela quem me aconselhava. A gente gostava, praticamente, das mesmas coisas. E o que a gente discordava, sentava e conversava", conta. A artista cearense estava investindo no ramo imobiliário para deixar de ser acompanhante.

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