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sábado, 25 de abril de 2020

Chefe de facção criminosa e advogada viram réus em processo


Outros 21 acusados também viraram réus por diversos crimes. PF e Gaeco encontraram planos ousados em conversas do grupo, como o atentado à vida de autoridades, o resgate de presos e a explosão da Arena Castelão

Crise na Segurança Pública, em setembro de 2019, teve cerca de 100 ataques e 150 suspeitos capturadosFOTO: CAMILA LIMA

O chefe da facção Guardiões do Estado (GDE) Ednal Braz da Silva, conhecido como 'Siciliano', a advogada Elisângela Maria Mororó e outros 21 acusados de cometer ações criminosas e planejar atentados contra o Estado viraram réus em um processo que tramita na Vara de Delitos de Organizações Criminosas, da Justiça Estadual do Ceará. O juiz aceitou a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) na íntegra, no último dia 14 de abril.

'Siciliano' é réu pelos crimes de organização criminosa, incêndio, dano e tráfico de drogas. Enquanto Elisângela é ré por organização criminosa. Além desses crimes, os outros réus respondem, conforme a participação individual, por porte ilegal de arma de fogo. A defesa da advogada não comentou a decisão da Justiça até o fechamento desta matéria. Os advogados dos outros réus não foram localizados.

Conforme a acusação do MPCE, apresentada no dia 28 de fevereiro deste ano, "'Siciliano' exerce elevado grau de ascendência na liderança da GDE". As investigações apontam que ele teria ordenado a série de ataques a bens públicos e privados no Ceará, ocorrida em setembro de 2019, mesmo estando preso em Limoeiro, em Pernambuco. Foram cerca de 100 ações criminosas cometidas pela facção e 150 suspeitos capturados pelas Forças de Segurança.

A partir da apreensão de telefones celulares que 'Siciliano' mantinha dentro do cárcere, na Operação Torre, deflagrada em 26 de setembro do ano passado, e da consequente extração dos dados desses aparelhos autorizada pela Justiça, a Polícia Federal (PF) e o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público, chegaram à teia criminosa e a planos ousados.

Os criminosos planejavam, no aplicativo de mensagens WhatsApp, os assassinatos dos secretários da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, e da Administração Penitenciária (SAP), Mauro Albuquerque, e de um diretor de um presídio.

Além disso, a facção tramava o resgate de presos do Centro de Detenção Provisória (CDP), localizado em Itaitinga. "Vão tudo como (policial) Federal e como agente (penitenciário) e com ofício de transferência... Depois vou pegar a lista e lhe mando ok... Já compramos os carros e mandamos envelopar (adesivar)", avisou 'Siciliano' a Francinélio Oliveira e Silva, outro réu.

O plano ousado contava até com o apoio da facção rival Comando Vermelho (CV). O contato de 'Siciliano' era feito com Cíntia Bastos de Sousa, a 'Ruiva'. "Você não vai querer os emblemas, que já está lá na mão do pessoal é 500 reais lá, pra dá, é o I5, da frente e das costas, se você for querer, você diz, porque se não vou passar pra outra pessoa, pros meninos que vão... Também... Precisar...", questionou a mulher, em uma conversa encontrada pelos investigadores.

Mensageira

A advogada Elisângela Mororó atuava como conselheira dos líderes da facção Guardiões do Estado e uma espécie de "mensageira" do grupo criminoso, trocando informações entre a rua e os presídios, segundo a denúncia. Em uma das conversas interceptadas, ela afirma que outro plano criminoso, de explodir a Arena Castelão durante um show de forró, renderia grande repercussão, sendo digno de notícia internacional.

Elisângela foi presa em flagrante no dia 13 de novembro de 2019, no Município de Catarina, na posse de drogas e uma arma de fogo. Mas no último dia 26 de março, ela foi solta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por ser "indispensável aos cuidados de sua mãe, portadora de deficiência" e porque "goza de condições pessoais favoráveis, tais como residência fixa, ocupação lícita e, ao que se tem, é (ré) primária".

Réus no processo:

Ednal Braz da Silva, o 'Siciliano'; Elisângela Maria Mororó; Francinelio Oliveira e Silva; Jose Mário Acelino de Lima; Eduardo Pereira da Silva; Luis Felipe Lima de Carvalho; Antonia Valdirene de Lima Soares; José Liones da Silva Souza; Isaias Sousa Madureira; Marcos Antonio de Castro Farias; Felipe Bruno Nunes Pereira; Cintia Bastos de Sousa; Francisco Marcilieudo Mesquita da Silva; Ailton Maciel Lino; Douglas Ferreira de Sousa; Francisco Odaildo Facundo de Melo; Nayana Martins da Silva; Elinaldo Marcelino da Silva; Cícero Romário Pereira da Silva; Maria Socorro Rodrigues Cipriano; Adaberon Gomes Arcoverde; Gilson Marques Mendes Madureiro; e Sueliton Borges de Sousa

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