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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Grupo encapuzado leva carros e esvazia pneus de Batalhões da PM no Ceará

Dez veículos foram levados do 22º Batalhão da PM, em Fortaleza. Já no 17º Batalhão, também na capital, suspeitos mascarados invadiram o pátio e esvaziaram pneus de viaturas oficiais e de carros particulares.

Por G1 CE

Carros da polícia tiveram os pneus esvaziados durante atos em Fortaleza — Foto: José Leomar/SVM


Dois Batalhões da Polícia Militar do Ceará foram atacados por grupos encapuzados e mascarados na madrugada desta quarta-feira (19). Viaturas oficiais foram levadas e pneus de veículos oficiais e particulares foram rasgados e esvaziados.

As ações ocorreram no 17º Batalhão, bairro Conjunto Ceará, e no 22º Batalhão, bairro Papicu (ambos em Fortaleza).

No 22º Batalhão, 10 veículos da corporação foram levados de dentro do local por um grupo de cerca de 30 pessoas. Agentes que trabalham no local relataram que os homens não aparentavam estar armados e que não houve truculência na ação.

No 17º Batalhão, cerca de 20 suspeitos mascarados invadiram o pátio e rasgaram, com facas, os pneus de carros da polícia e de veículos particulares de agentes.

Ação parecida foi registrada nesta terça-feira (18) no 12º Batalhão de Caucaia (na Região Metropolitana da capital cearense), quando homens esvaziaram os pneus de veículos da PM. No local, estavam agentes de segurança de plantão, além de mulheres e familiares de policiais que protestam por aumento salarial para a categoria. Segundo um policial ouvido pelo G1, também não houve confronto na unidade.
Homens encapuzados furam pneus de carros da polícia em Fortaleza — Foto: José Leomar/SVM


Além disso, em cinco cidades do interior, Batalhões amanheceram fechados nesta quarta-feira (19).

Representantes da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SPPDS) se reuniram nesta quarta-feira (19) com o governador do Estado, Camilo Santana, para definir ações relacionadas aos atos. O órgão ainda não divulgou um posicionamento oficial sobre o que ocorreu nos Batalhões.

As três ações foram realizadas após o início da tramitação, na Assembleia Legislativa do Ceará, da proposta de reajuste salarial de policiais e bombeiros militares do estado, na terça-feira (18). O projeto tem gerado crise entre parte da categoria e o governo estadual.


Carros da PM do lado de fora do batalhão com pneus furados em Fortaleza — Foto: José Leomar/SVM

Pneus de carros da polícia foram furados durante protestos no Ceará — Foto: Wandenberg Belém/SVM

Policiais presos

Na tarde desta terça-feira (18), três policiais foram presos por atos grevistas. Armados e com balaclavas, eles esvaziaram pneus de viaturas e abandonaram um carro da polícia no cruzamento das avenidas Sargento Hermínio e Coronel Carvalho, no Bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza.

Os soldados, que atuam no 14º Batalhão da PM, em Maracanaú, na Grande Fortaleza, foram presos em flagrante por equipes do Comando de Polícia de Choque (CPChoque).

A Justiça determinou na segunda-feira (17) que os policiais não podem realizar protestos e atos grevistas. Também ficou decidido que, em caso de manifestação por aumento salarial, os policiais podem ser presos.

Equipes da Polícia Civil durante operação para reforço na segurança na madrugada desta quarta-feira (19) — Foto: Divulgação

Inquéritos contra policiais envolvidos em crimes

O Governo do Ceará informou, na noite desta terça-feira (18), que irá instaurar inquérito policial militar, bem como processos administrativos disciplinares, contra todos os agentes de segurança que se envolverem em atos que configurem crime militar. Somente nesta terça, 150 policiais já tiveram inquéritos instaurados.

Ainda de acordo com o Governo, os policiais que abandonarem o serviço também passarão por todas as sanções previstas em lei, além da exclusão da folha de pagamento pela Secretaria de Planejamento. "Os comandos não irão tolerar atos de indisciplina e quebra de hierarquia", diz nota enviada pelo governo.

Conforme a decisão da Justiça, fica determinado:

que as associações se abstenham de atuar ou promover reuniões voltadas para discussão de melhorias salariais;
que se abstenham de financiar ou de participar de assembleias para debater greve da categoria;
que, em caso de paralisação da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, as associações demandadas abstenham-se de promover, de atos grevistas.
A decisão da Justiça ocorre em meio a atos de policiais que reivindicam uma reestruturação salarial da categoria. A proposta foi enviada à Assembleia Legislativa pelo governador do Ceará, Camilo Santana, na semana passada.
Conforme a proposta, o salário-base de um soldado será de R$ 4,5 mil, com aumento progressivo até 2022. O salário atual da categoria é de R$ 3,2 mil. A proposta inicial, rejeitada pelos policiais, era aumento para R$ 4,2 mil até 2022.

Polícia Civil nas ruas

No início da noite desta terça-feira (18), cerca de 21 equipes formadas por inspetores, escrivães e delegados de Polícia Civil passaram a reforçar a segurança, de forma ostensiva e preventiva, no Estado. A operação terminou às 6h desta quarta-feira (19).

Os agentes atenderam à convocação do governador do Estado, Camilo Santana, para realizar ações preventivas na capital cearense, Região Metropolitana e acidades do interior, como Juazeiro do Norte e Sobral.

Policiais ocupam avenida durante ato por aumento salarial — Foto: Gustavo Pellizzon/SVM

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