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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Foragido do Pará, homem com nome falso é identificado através das impressões digitais no IJF

A técnica utilizada é a da identificação papiloscópica (impressões digitais) (Foto: Divulgação/Pefoce)
Para que não descobrissem a sua verdadeira identidade e que estava foragido da Justiça, Alex dos Santos Carrera deu um nome falso ao dar entrada no Instituto José Frota (IJF) após ser baleado durante assalto cometido em Maracanaú na última sexta-feira, 6. Por meio do trabalho de identificação de pacientes que dão entrada em hospitais públicos no Ceará, a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) conseguiu, no entanto, identificar o suspeito de 24 anos.

Natural de Belém, no Pará, o paciente já estava preso e sob escolta policial há alguns dias, por conta do assalto cometido, mas havia dado o nome de uma outra pessoa, “José Gurgel”, sem apresentar documentos. Inicialmente, a pesquisa realizada pelo Laboratório de Identificação de Desconhecidos e Desaparecidos (LIDD) com base no nome completo fornecido por Alex teve como resultado os dados de uma outra pessoa com características físicas diferentes das do suspeito. A partir disso, a equipe do LIDD passou a investigar verdadeira identificação do paciente. Ao obter o nome verdadeiro, verificaram com as autoridades de perícia em identificação da Polícia Civil do Estado do Pará e constataram que se tratava de um foragido da Justiça.

Alex Carrera foi condenado em 2016 pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) a cumprir 16 anos de prisão pelo homicídio do mototaxista Evans Costa Vieira, 24 anos, no dia 24 de junho de 2014. O condenado já teve passagens na Polícia pelos crimes de roubo e ameaça. Atualmente, no Ceará, Alex mantinha práticas criminosas, após fugir do regime semiaberto. A verdadeira identidade do preso que segue escoltado já foi comunicada à Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). Após alta médica, Alex ficará à disposição das autoridades policiais para adoção dos procedimentos cabíveis.

Paulo André, especialista do Laboratório de Identificação de Pessoas Desconhecidas e Desaparecidas (LIDD), esteve presente na identificação de Alex. Quando o especialista chegou no hospital, percebeu que o paciente estava sob escolta policial. Resolveu, então, entrevistar uma visita que esperava Alex no dia. "Eu percebi que ela estava mentindo o nome da pessoa. E mentindo de forma muito insistente. Dizia que era um tal de José Gurgel. Eu fui no sistema, consultei por esse nome e achei realmente uma pessoa com esse nome", contou ao O POVO Online.

A pessoa que Paulo encontrou, no entanto, não apresentava as características do paciente do IJF, desde cabelo até altura. "Eu comecei a insistir e ela acabou falando a verdade. Disse o nome dela, o nome dele". O agente iniciou a procura nos sistemas de registros civis e criminais de todos os estados, até que a equipe descobriu que o suspeito é do Pará. "Falei com os colegas do Pará e eles mandaram a ficha com as impressões digitais. Eu fiz a comparação e descobri que ele é realmente o Alex Carrera, o nome que a mãe dele tinha dado". Conforme o especialista, a situação de saúde de Alex Carrera é bastante grave. Caso sobreviva, ele terá que responder pelos crimes cometidos no Ceará e no Pará.

Como é feita a identificação? 

A técnica utilizada é a da identificação papiloscópica (impressões digitais). Paulo André explica que a coordenadoria faz identificação de pessoas, de documentos e até de objetos encontrados em locais de crimes, como armas possivelmente utilizadas. "A gente faz o levantamento da impressão digital e coloca no sistema para achar possíveis suspeitos e angariar as pesquisas da investigação", comenta.

Atualmente, o setor onde trabalha (de pessoas desconhecidas e desaparecidas) tem convênios com hospitais da rede pública, como IJF e Hospital Mental de Messejana. "Noventa por cento da nossa demanda é do IJF. Às vezes a pessoa é achada lá baleada, sem documento e fica lá gerando custos para o Estado e sem família. Às vezes está até bom para sair mas não pode, porque não tem identificação", alerta Paulo.

Para que a identificação aconteça, o hospital precisa acionar os serviços da Pefoce, que, por sua vez, aciona o LIDD. Os agentes vão fazer a coleta das impressões digitais, por onde, segundo Paulo André, metade do trabalho é feito. "Eu coloco no sistema. Tem uma sistema de investigação civil e investigação criminal. Se a pessoa tiver passagem na polícia, vai aparecer o nome dela, último endereço, quem é a mãe, o pai”, conta. Acontece de forma semelhante com o sistema civil.

Caso nenhum dos dois gere resultados, os agentes insistem na entrevista. “Às vezes a pessoa está só desorientada. A gente usa algumas técnicas de entrevista e acaba arrancando alguma informação”. Manualmente, eles também conseguem fazer essa busca. O especialista dá um exemplo. “Cheguei na pessoa e descobri que o nome dele é Raimundo Nonato e a mãe é Maria da Silva. Com esses dados eu consigo colocar no sistema e sair procurando, de um por um, fazendo a consulta. Se eu achar um candidato provável, de acordo com idade, tatuagem, esse tipo de coisa, faço a comparação manual das impressões digitais que coletei no hospital e o que tenho no banco de dados”.

O resultado do exame não demora muito a sair, conforme Paulo. Através do sistema, de forma automática, imediatamente dá para saber se as impressões digitais correspondem. Na técnica manual é que os resultados podem atrasar um pouco. O processo de sondagem é feito de forma processual. “Eu vou uma vez, faço a visita, consigo o nome. Vou outra vez e consigo a rua que ele mora. Devagarinho a gente vai arrancando as informações, para ter suporte familiar e conseguir ser liberado”, conclui.

Fonte: opovo online

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