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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Chefe de facção diz que orientação é não atacar rivais


HOMICÍDIOS EM QUEDA Interrogado pela Polícia Civil, integrante da GDE diz haver orientação para membros não atacarem rivais. Ele relaciona orientação com a redução dos homicídios

Levantamento da Draco aponta que a Guardiões do Estado tem cerca de 25 mil integrantes (Foto: Tatiana Fortes)

Por orientação dos conselheiros finais da Guardiões do Estado (GDE), membros da facção criminosa não devem atacar rivais, salvo em situações de autodefesa. Foi o que afirmou Yago Steferson Alves dos Santos, 26, o Yago Gordão, em depoimento à Polícia Civil, no último dia 19 de dezembro, quando foi preso. Ele é apontado como um dos fundadores e chefes da organização criminosa.A recomendação, afirma Yago, conforme o interrogatório ao qual O POVO teve acesso, teria relação com a queda no número de homicídios registrada no Estado. O Ceará vem, consecutivamente, diminuindo as estatísticas de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) desde maio de 2018, numa comparação com os mesmos períodos anteriores.

"Há três meses (setembro 2018, portanto) foi decidido que os integrantes da facção iriam deixar de dar ataques aos membros de rivais, devendo apenas se proteger em caso de ataques", declarou Yago aos policiais da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). "Vocês devem ter notado que os homicídios diminuíram", complementou.


O traficante foi preso em Natal (RN) e autuado na Lei das Organizações Criminosas, com o agravante de exercer posição de comando. No depoimento, Yago confessou ser traficante de drogas e disse atuar na região dos bairros Conjunto Esperança, Parque Santa Rosa e Aracapé, além da comunidade do Jardim Fluminense, no Siqueira. Também agiria no bairro Alto Alegre, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Nesses locais, distribuiria cargas de cocaína que variavam entre 15 e 20 quilos. Comprava por cerca de R$ 15 mil e revendia por R$ 20 mil. "Quem me pede para vender, eu vendo. Não tenho um local fixo para distribuir", disse. Em janeiro, ele foi um dos 18 integrantes da GDE transferidos para a Penitenciária Federal de Mossoró (RN) em reprimenda à onda de ataques no Ceará.

Mas apesar da orientação dos chefes de fazer cessar os ataques, no interrogatório, Yago afirmou que os conselheiros da GDE, sozinhos, não têm condições de acabar com a guerra entre as facções no Estado. Ele ressalta, no entanto, que a chefia teria como "evitar um grande estrago". "A guerra nunca vai acabar. Já foi muito derramamento de sangue", contou.

O POVO solicitou à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) uma manifestação sobre as declarações do traficante. A pasta afirmou, no entanto, por meio de assessoria de imprensa, que não iria se pronunciar.

Em fevereiro, Costa já havia rechaçado a hipótese de que a redução nos homicídios tivesse alguma relação com uma trégua na guerra das facções. "Não precisa ser especialista para responder à seguinte pergunta: você faria acordo com quem matou sua esposa, seu pai, sua irmã ou seu filho? A resposta é óbvia demais", postou no Instagram. "A redução de homicídios é resultado de uma ação enérgica do Estado dentro e fora dos presídios", completou.

O Povo

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