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sábado, 2 de março de 2019

Um dos cinco tios presos por estuprar adolescente no Crato confessou crime contra mais duas sobrinhas-netas

Um dos seis tios suspeitos de estuprar por 10 anos a sobrinha adolescente no Crato confessou o crime contra ela e mais duas sobrinhas-netas, na época com 7 anos. O idoso, que hoje tem 84 anos, chegou a levar as três meninas a uma escola abandonada do município para praticar os atos libidinosos. Ele e os outros tios da adolescente investigados pelos estupros foram presos nesta sexta-feira (1º). A informação foi confirmada pela titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do Crato, Kamila Brito.

Os suspeitos foram denunciados pela adolescente de 17 anos, anonimamente, no fim de 2018. Após a investigação foram expedidos seis mandados de prisão pela Justiça. Cinco foram presos na manhã desta sexta-feira (1º). Um está foragido. Os nomes foram omitidos para preservar a vítima.

De acordo com a polícia, os estupros começaram após a morte do pai da adolescente, quando ela tinha apenas sete anos. A vítima morava com a mãe e os tios, irmãos do pai dela, num sítio, mas em casas diferentes.

Cerca de sete famílias vivem juntas no local. A mãe da jovem teve conhecimento dos estupros em 2016, mas, segundo a delegada, não procurou a polícia por medo e vergonha.

A titular da DDM do Crato acredita que todas as famílias do sítio, as quais têm parentesco umas com as outras, tinham conhecimento dos estupros sofridos pela vítima.

“Acredito que todos sabiam, mas não denunciaram por medo, eram todos parentes. A mãe estava muito receosa, com medo de represálias porque moravam muito próximos. É uma localidade muito pequena, inclusive os tios são casados com irmãs da mãe da vítima”, comenta Brito.

A adolescente vai passar por acompanhamento psicológico para tratar o trauma sofrido ao longo dos 10 anos.

Atacada em casa

Os crimes ocorriam na casa da vítima, quando ela estava sozinha, e também na casa dos parentes.

“Ocorriam de diversas formas. Eles invadiam a casa quando sabiam que ela estava sozinha. Alguns praticavam atos libidinosos, outros a conjunção carnal. Um chamava ela pra varrer a casa, trancava ela num quartinho e faziam à força”, conta a delegada.

De acordo com Kamila Brito, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do Crato, os 30 dias em que os tios da vítima ficarão presos serão suficientes pra ouvir todos os depoimentos necessários e concluir as investigações. Depois desse prazo, eles ficar à disposição da justiça.

Os presos foram levados à DDM do Crato, onde serão ouvidos para, em seguida, serem levados à cadeia pública do Crato. A vítima e mãe também prestaram depoimento.

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