O ex-presidente Michel Temer é líder de uma organização criminosa que atua no Rio de Janeiro nos últimos 40 anos, conforme a investigação da Lava Jato. Temer foi preso nesta quinta-feira (21) por agentes federais. Na ocasião, o ex-ministro Minas e Energia Moreira Franco, também foi preso.
A prisão de Temer é baseada na delação de José Antunes Sobrinho, dono da empreiteira Engevix. O empresário confessou que pagou R$ 1 milhão em propina, atendendo a solicitação do amigo do ex-presidente, João Baptista Lima Filho, do ex-ministro Moreira Franco. A empresa seria responsável por um projeto da usina de Angra 3.
Temer ainda responde a outros nove procedimentos. Cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos na época em que governou o país. Os demais foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso este ano, após o ex-presidente deixar o cargo e perder o foro privilegiado.
Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Temer assumiu a Presidência da República em maio de 2016, depois do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ao longo de sua trajetória política, Temer foi presidente da Câmara dos Deputados, secretário da Segurança Pública e procurador-geral do estado de São Paulo.
Temer fala sobre a prisão
No momento da prisão, Temer atendeu a uma ligação do jornalista Kennedy Alencar, da CBN. O ex-presidente confirmou ser alvo do mandado de prisão preventiva. “É uma barbaridade”, disse ao jornalista.
Em nota, o MDB, partido de Temer, lamentou a prisão. Leia a íntegra:
O MDB lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa.
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