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sábado, 14 de julho de 2018

Sexta chacina do ano no Ceará deixa 5 mortos em Palmácia

Longe de câmeras de videomonitoramento e do sinal das operadoras de celular para qualquer pedido de socorro, cinco homens foram assassinados, na madrugada de ontem, na localidade Cafundó, no Município de Palmácia, a 71,9 km de Fortaleza. Segundo a Polícia, as vítimas podem ter sido mortas por engano. Na avaliação do delegado de Baturité, José Morais, essa é uma das três linhas de investigação em que a Polícia trabalha para solucionar o caso. As outras duas hipóteses investigadas são crimes ligados a facção criminosas ou roubo de gado na região.

No início da noite de ontem, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que duas pessoas envolvidas na morte dos cinco homens foram presas suspeitas de matarem o grupo de amigos.

Segundo familiares dos mortos, todos eram agricultores e foram identificados como Paulo Sérgio dos Santos, 31, Antônio Barbosa de Sousa, 57, Roniele Costa Pereira, José Edson dos Santos, Francisco Antônio Pereira de Abril, 42. Antônio Barbosa e Paulo eram pai e filho.

O grupo foi para a localidade de Cafundó na noite de quinta-feira (12), caçar. Os homens ficaram hospedados em uma residência onde outras duas pessoas os aguardavam. Todos saíram na mata virgem por volta das 22h e retornaram às 2h30 para a residência onde estavam hospedados. Por volta das 4h30, os quatro criminosos bateram na casa onde eles estavam e afirmaram ser da Polícia e que estavam atrás de um foragido. Os homens abriram a porta da residência e foram levados para uma área próxima. Amarrados com cordas, as cinco vítimas foram mortas com golpes de foices, utilizadas na lavoura, e disparos de armas de fogo.

O proprietário e o filho da casa onde as cinco vítimas estavam sobreviveram e acionaram a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). O local onde o crime aconteceu é de difícil acesso e, por isso, a Perícia demorou a chegar na região.

Por volta de 10h de ontem, as primeiras equipes chegaram ao local. Os policiais só conseguiram chegar na cena crime após uma caminhada de aproximadamente 8km. Mato alto, pedras e animais silvestres foram alguns dos obstáculos do trajeto. Segundo a Polícia, uma das linhas de investigação aponta que os suspeitos estariam atrás de um foragido da cadeia Pública de Palmácia, identificado por Antônio Augusto Santos da Silva, e teriam executado as vítimas pensando que o homem estaria no grupo.

A segunda possibilidade em que a Polícia Civil trabalha é que as execuções estariam ligadas a facções criminosas e a terceira que elas teriam ocorrido em virtude do roubo de bovinos, prática que seria comum por moradores da região.

"Duas das vítimas são parentes de um indivíduo que cumpria pena na Cadeia de Palmácia, pelo crime de estupro. O Antônio Augusto dos Santos estava foragido há um tempo e em conversa com algumas testemunhas do local elas disseram que, possivelmente, os indivíduos a procuravam. Há também, que se falar que dentre as cinco vítimas, duas são do Município de Maranguape. A gente não afasta nenhuma linha de investigação, nem a de facção criminosa. Estamos buscando localizar Augusto para saber se ele tem algum desafeto e aí aprofundar uma das linhas de investigação, a mais provável até o momento, ou seja, vingança", destacou o titular da Delegacia de Baturité, delegado Joel Morais.

Operação

Mais de 15 policiais civis participaram das buscas por suspeitos na região. Moradores indicaram que Antônio Augusto, homem procurado pelos criminosos, morava em uma casa próxima da residência de onde os homens foram retirados e mortos.

"A gente acredita em resposta rápida, porque é um crime que abala uma cidade. Acreditamos que o trabalho da Polícia Científica vá ajudar muito na elucidação desses homicídios. Não podemos negar a incidência das facções criminosas no Interior do Estado. Palmácia também tem a presença dessas facções", disse o Joel Morais. Familiares das vítimas estiveram presentes no alto da Serra. O cansaço da subida calou o choro e o sol forte secou as lágrimas de pais e irmãos. Devido à dificuldade do trabalho da Polícia em retirar os corpos, os familiares tiveram de ajudar no transporte feito nas gavetas da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). Lençóis foram utilizados para cobrir os corpos.

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