Leonelzinho afirmou ter pedido desculpas ao colega, classificando o caso como um mal entendido
VIVIANE PINHEIRO
Leonelzinho teria ameaçado Francisco Alves, após discussão sobre autoria de obras da Prefeitura em Messejana
O clima ficou tenso durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Fortaleza, ontem, quando o vereador Francisco Alves (PRTB) apresentou um Boletim de Ocorrência (BO) que ele registrou, em uma das delegacias da Capital, contra o vereador Leonelzinho Alencar (PT do B) que o teria ameaçado, durante uma discussão sobre a autoria de obras da Prefeitura no bairro Messejana.
A confusão, conforme o vereador Alves afirmou no plenário da Casa Legislativa, aconteceu na última quinta-feira na comunidade Parque Betânia. Segundo informou, ele havia anunciado o início das obras de asfaltamento da linha de ônibus na localidade, o que teria causado a desavença, pois Leonelzinho afirmou na ocasião que as intervenções foram conquistadas através de seus esforços.
Depois de bate-boca entre os dois, a ameaça teria sido feita por Leonelzinho, que atualmente, está presidindo a comissão especial da Copa do Mundo. Alguns vereadores, nos bastidores da Casa, reclamaram que o parlamentar estaria afirmando, através de informativo de seu mandato, que as obras referentes ao evento são de sua autoria.
Resguardado
O vereador Francisco Alves afirmou que esteve durante todo o final de semana resguardado em sua residência por temer sofrer algum atentado por parte de Leonelzinho ou de seus aliados. "Ele me apontou o dedo e disse que eu me cuidasse porque a obra de asfaltamento da via era dele. Eu acho que as obras são da Prefeitura e da comunidade. Eu quero que minha fala fique registrada nos anais da Casa", argumentou o parlamentar durante aparte no plenário da Câmara.
Os vereadores Paulo Gomes (PMDB) e Adail Júnior (PV) sugeriram que o colega levasse a discussão para o plenário e que algo fosse feito pela Mesa Diretora para que o problema não manchasse a imagem da Casa.
Carlos Mesquita (PMDB) que presidia a sessão, por outro lado, afirmou que a discussão deveria ser resolvida entre os parlamentares com mediação da presidência da Câmara. "Nós não podemos admitir algo desse tipo. Um vereador não pode ficar resguardado dentro de sua residência por medo de sofrer algum tipo de agressão por parte de um colega", protestou Paulo Gomes.
Depois de se reunirem com o presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT), por mais de meia hora os vereadores disseram que toda a confusão teria sido apenas um mau entendido e colocaram a culpa em disputa por espaço feita por suas lideranças de bairros.
Confronto
Acrísio, tentando amenizar o confronto, afirmou que houve "desencontro de informações", pois segundo ele, "tudo partiu das disputas de lideranças dentro das comunidades, o que trouxe esses ruídos".
Leonelzinho afirmou ter pedido desculpas ao colega, devido a uma má impressão que este possa ter tido de sua fala. Já Francisco Alves, que chegou a dizer que Leonelzinho entra em confronto com todos os que têm representatividade em Messejana, prometeu retirar o BO contra o parlamentar, pois teria feito o registro apenas por precaução. "Tudo não passou de falta de entendimento, e isso faz parte do jogo político. Foi bom isso acontecer para que não se repita com os demais vereadores", salientou o vereador.
Fonte Diário do Nordeste
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