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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Especialistas avaliam possíveis causas de colisão frontal de trens do VLT em Fortaleza

(FOTO: Reprodução/ Whatsapp)

A operação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) do ramal Parangaba-Mucuripe, em Fortaleza, está funcionando normalmente após a colisão frontal de duas composições, ocorrida no sábado (28), que deixou 38 pessoas feridas. De acordo com a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), apenas a primeira viagem dos trens nesta segunda-feira (30) foi suspensa e o motivo está sendo apurado. Com informações da Tribuna Band News FM.

Dos feridos, os dois maquinistas, que ficaram presos às ferragens no acidente, foram transferidos do IJF para hospitais particulares de Fortaleza ontem à noite. De acordo com a assessoria do IJF, o estado de saúde dos dois era considerado estável. Dos 38 feridos, 21 deram entrada na unidade no sábado. Eles já receberam alta ou foram transferidos para outras unidades hospitalares da capital cearense.

Apesar da colisão ter sido frontal, nenhum dos passageiros ou trabalhadores do VLT tiveram estado de saúde crítico, segundo o Metrofor. Os casos de maior gravidade foram dos maquinistas, que tiveram de ser resgatados por equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros. Jonas Targino, de 28 anos, e Luiz Gonzaga, de 56, permanecem recebendo cuidados médicos, mas o hospital que eles foram transferidos não foi informado.

O acidente aconteceu por volta de 11 e meia da manhã do sábado, nas proximidades da estação Borges de Melo, no Bairro de Fátima. Logo após a colisão, um helicóptero da Ciopaer também atuou em apoio no resgate dos feridos. Especialistas consultados pela Tribuna Band News FM analisaram as possíveis causas do acidente…

O professor do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Ceará, Mário Azevedo, salienta que é necessário avaliar a estrutura do local onde houve a colisão frontal entre os trens, mas que várias hipóteses podem ser consideradas.

“Normalmente, nesse tipo de sistema, o cuidado com a segurança é maior ainda do que com a segurança do sistema rodoviário. Pode ser falha humana… Não sei o grau de automação que está ali para ser falha do sistema. Então, se for automatizado, você pode culpar o sistema ou se tem manual, pode ser falha humana, uma ordem que chegou, uma impressão que chegou errado e tal”, disse Mário Azevedo.

Para o também professor do Departamento de Engenharia de Transportes da UFC, Bruno Bertoncini, o acidente pode ter sido gerado também por uma mudança de via de um dos trens, chamado de aparelho de mudança de via, AMV… daí os veículos passaram a utilizar a mesma linha e se colidiram por trafegarem em sentidos opostos.

“Alguma coisa envolvendo a falha do sistema de sinalização e, talvez, alguma questão envolvendo o AMV, que acabou trocando alguma das composições, colocando ela no trilho que não era para estar. São dois pontos que talvez possam ter contribuído para essa fatalidade. Mas nenhum acidente é unicausal, né? Há muitas outras coisas que podem ter levado, um conjunto de fatores…”, explicou o professor.

A Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos informou em nota que já iniciou a investigação para identificar as causas do acidente. As investigações vão ficar a cargo do próprio Metrofor e também da Perícia Forense. Ainda não foi informado em quanto tempo deve sair um laudo das análises.

Os VLTs fazem a linha liga o bairro Parangaba ao Mucuripe e percorrem quase 11 km da cidade, passando por oito estações. A operação está em fase de testes desde julho de 2017 e, por isso, não havia cobrança de tarifa aos usuários. De acordo com Mário Azevedo, a etapa de testes é comum para implementação desse tipo de modal para fazer pequenos ajustes na operação, mas que a segurança nesses casos é garantida.

“A operação assistida é mais para ajustes pequenos da operação. A segurança não pode e não é descuidada. É o dia a dia, se está tudo funcionando, os equipamentos de catraca e tudo mais, e os passageiros, o acesso às estações… Até os usuários se acostumarem a utilizar”, disse Mário Azevedo.

Já Bruno Bertoncini vê a colisão frontal com estranheza, já que o transporte metroviário é considerado um dos mais seguros. “Incidentes como esse, eles são raríssimos da gente observar. A frequência de ocorrência de acidentes assim, de grandes proporções, ela é muito pequena por que é um sistema muito controlado, tem uma tecnologia muito forte empregada. Isso aumenta ainda mais a estranheza no tipo de situação observada”, avaliou.

Pelas redes sociais no final de semana, o governador Camilo Santana prestou solidariedade às famílias e aos feridos do acidente e cobrou rigor na apuração do ocorrido.

Fonte: Tribuna do Ceará

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