Muitas vezes visto como 'vilão', o tomate foi o produto que mais apresentou recuou de preço em agosto: 31,78% - Foto: Agência Diário |
A cesta básica em Fortaleza foi apontada, no último mês de agosto, como sendo a mais cara entre todas as capitais do Nordeste, segundo pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e divulgada nesta quinta-feira (5).
Ao longo de agosto, o conjunto de itens básicos da alimentação custou, em média, R$ 402,86 em Fortaleza, uma redução de 6,96% ante julho deste ano, quando o valor estimado era de R$432,96. Segundo o Dieese, este é o segundo mês consecutivo de retração, impulsionado pelo recuo de sete dos 12 itens que compõe a cesta. Apresentaram recuo os seguintes alimentos: tomate (31,78%), carne (2,86%), açúcar (1,76%), café (1,69%), feijão (1,18%) e o arroz (0,86%).
No cenário nacional, porém, a cesta básica da capital cearense segue como a nona mais cara do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo (R$ 481,44 ), Porto Alegre (R$ 469,17), Florianópolis (R$ 464,24), Rio de Janeiro ( R$ 462,24 ), Vitória (R$ 441,50), Curitiba ( R$ 441,28), Brasília (R$ 433,45) e Campo Grande (R$ 408,11).
Confira o preço médio dos itens em Fortaleza:
- Carne R$ 24,06
- Leite R$ 3,95
- Feijão R$ 4,83
- Arroz R$ 3,21
- Farinha R$ 3,04
- Tomate R$ 4,98
- Pão francês R$ 11,80
- Café em pó R$ 17,45
- Banana R$ 6,33
- Açúcar R$ 2,23
- Óleo R$ 3,77
- Manteiga R$ 46,28
Para Reginaldo Aguiar, superintendente regional do Dieese, apesar da diminuição do custo em agosto, a cesta básica de Fortaleza continua sendo elevada para a realidade de seus habitantes. "O Ceará é um dos locais onde a renda média é mais baixa. Assim, mesmo que você tenha preços mais estabilizados, eles se estabilizaram em um patamar muito elevado. O valor ainda é significativamente mais caro do que em outras capitais que têm um porte parecido, como Salvador e Recife", aponta.
O tempo médio que um trabalhador teve que destinar para adquirir todos os itens da cesta foi de 88 horas e 88 minutos. Para aqueles que ganham um salário mínimo, o valor da cesta corresponde a 43,87% de sua remuneração.
Fonte: G1 CE
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