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sábado, 24 de agosto de 2019

PM preso por extorsão já é réu por homicídio e agressão a policial

Quando esteve recolhido no Presídio Militar, o PM jogou água quente em cima de um colega que estava dormindoFoto: Natinho Rodrigues
O policial militar Francisco Thiago Gomes da Silva, preso em flagrante pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) por extorsão na última terça-feira (20) e com prisão preventiva decretada ontem, responde a outros procedimentos investigativos. Dentre os casos, há um assassinato que teria sido cometido junto com outros policiais; e uma agressão a outro PM.

As duas ações penais transitam no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Francisco Thiago, os outros policiais militares José Luciano Souza de Queiroz, Leandro César de Mesquita Araújo e Manoeldo Pereira de Sousa, além do policial civil Marcondes Nangle Gomes Quirino, são réus em um processo por homicídio qualificado e tentativa de homicídio, da Vara da Comarca de Jijoca de Jericoacoara.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), os cinco policiais se deslocaram em um veículo de Fortaleza para Jijoca, no dia 20 de março do ano passado, "imbuídos do sentimento de vingança", com o objetivo de matar Francisco Renan Portela de Araújo, suspeito de tráfico de drogas e que estaria ameaçando outro PM.

Renan foi assassinado com dez tiros. A companheira dele tentou ajudá-lo, mas acabou baleada. O MPCE considerou que o segundo homicídio não foi consumado por "circunstâncias alheias às vontades dos agentes". Os policiais ainda teriam subtraído as imagens das câmeras de monitoramento da residência e da padaria do casal atacado - o que resultou na abertura de outro processo, por furto. Na fuga, os acusados foram presos pela Polícia Militar, em Acaraú. Com eles, foram apreendidos uma pistola Ponto 40, munições e um pen drive. A acusação foi apresentada no dia 24 de maio de 2018 e recebida pela Justiça quatro dias depois.

O processo está na fase de instrução criminal (depoimentos em juízo), mas os réus tiveram a prisão relaxada pela Justiça em 17 de maio último. O advogado de defesa dos cinco policiais militares não foi localizado pela reportagem.

Agressão

Francisco Thiago e Leandro César também respondem juntos a outro processo no TJCE. O primeiro foi denunciado pelo MPCE por lesão corporal grave, enquanto o segundo, por falso testemunho. A acusação foi recebida pela Auditoria Militar do Ceará no dia 26 de fevereiro deste ano.

De acordo com o Ministério Público, Thiago arremessou água quente em outro PM que dormia, dentro do Presídio Militar, no dia 15 de agosto do ano passado. A vítima teve que ser levado ao Instituto Doutor José Frota (IJF), onde foram constatadas lesões graves no rosto, tórax e braços.

Testemunhas contaram à autoridade militar que acusado e vítima tinham uma rivalidade e Thiago já teria chamado o outro PM duas vezes para brigar, além de ter arremessado uma ponta de cigarro nele. Interrogado sobre o que teria acontecido naquela noite, Leandro afirmou que estava do lado de Thiago e não tinha como o amigo ter cometido o crime, mas o MPCE considerou um falso testemunho.

A defesa de Thiago afirmou, neste processo, "que o acusado está tendo imputação sobre determinado fato criminoso do qual sequer participou ou mesmo tomou ciência da possibilidade de execução do mesmo". Já a defesa de Leandro alega que a acusação contra o seu cliente se baseia no fato de os dois PMs responderem a um homicídio juntos: "a ausência imperiosa de fundamentação torna inidônea a pretensa denúncia".

Extorsão

O PM Francisco Thiago Gomes da Silva voltou a ser detido na última terça-feira (20). Policiais da Delegacia de Assuntos Internos (DAI), da CGD, investigavam uma denúncia de extorsão e conseguiram efetuar a prisão do servidor em flagrante, na Avenida Coronel de Carvalho.

Segundo a CGD, o policial exigia R$ 100 mil da vítima para não matá-la. No dia 13 de agosto último, suspeitos que se identificaram como policiais teriam raptado o homem de dentro da sua oficina e o levado para uma residência em Maracanaú, quando fizeram a cobrança e alegaram que estariam sendo pagos por outra pessoa, pelo mesmo preço, para cometer o homicídio.

A vítima, que não tem passages pela Polícia, continuou a receber ameaças pelo aplicativo WhatsApp e procurou a Controladoria. O homem marcou um horário com os criminosos para entregar uma parte do dinheiro, quando os policiais da DAI surpreenderam Francisco Thiago e o balearam, antes da detenção. Com o suspeito, foram apreendidos uma pistola Ponto 40 e 22 munições. Ele segue sob escolta policial em uma unidade hospitalar.

Preventiva

Ontem, em audiência de custódia, a 17ª Vara Criminal do Ceará converteu a prisão em flagrante do militar em prisão preventiva. "Tais fatos são indicativos da audácia e do desajuste comportamental do custodiado, sendo possível conceber que, solto, poderá voltar a ter atitudes socialmente perigosas, tornando-se imperiosa a segregação provisória, com vistas a acautelar o meio social e assegurar a ordem pública, devendo ser consignado que o aprisionado é integrante da Polícia Militar, cuja função é combater a prática de crimes e não fomentá-la", justificou o juiz. A defesa do militar neste processo não foi localizada.

Fonte: Diário do Nordeste

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