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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Ceará tem 2 novos casos prováveis de microcefalia associados ao vírus zika

Ceará não registrava novos casos de microcefalia desde 2016 — Foto: Krystine Carneiro/G1
Duas crianças, uma nascida em Fortaleza e outra em Aratuba – a 158 quilômetros da capital cearense –, foram diagnosticadas com microcefalia. Apesar de não ter sido realizado o exame laboratorial a tempo, os dois casos são de Síndrome Congênita do Zika Vírus, de acordo com análises clínicas do neurologista do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), André Luiz Santos.

Desde 2016, não havia registro no estado da doença associada ao vírus Zika. Entre 2015 e 2016, uma epidemia da arbovirose foi observada no Ceará, e esses casos podem representar uma nova manifestação da doença.

As novas possíveis manifestações da doença devem-se ao fato de que, em 2015 e 2016, a infecção foi ampla e teve uma maioria de casos assintomáticos. “O que deve ter acontecido: quase toda a população foi infectada, e houve uma resposta imunológica ao vírus. Depois da epidemia, a tendência foi cair. Mas é óbvio que não quer dizer que não vai acontecer de novo”, ressalta.

O G1 entrou em contato com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) e aguarda a resposta sobre quantos casos prováveis ou em investigação de Zika congênita existem no Ceará, e quais equipamentos são responsáveis por realizar o exame laboratorial.

As crianças de Aratuba e de Fortaleza nasceram, respectivamente, no fim de 2018 e em fevereiro de 2019. A relação com o Zika vírus foi feita após exames clínicos. "Pelo Ministério da Saúde, o paciente é confirmado quando tem exame laboratorial. Daí cria-se um grupo dos prováveis, que a gente sabe que é Zika Congênita, mas não tem mais a chance de confirmar laboratorialmente”, explicou o médico.

Sobre o diagnóstico, André Luiz Santos explicou ainda que “é um grupo que a gente vê a clínica, a radiologia e exclui outras STORCHs [Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes]. Poderia ser Zika, mas tinha sorologia para CMV (Citomegalovírus), que é a causa mais comum de microcefalia infecciosa, e a imagem mostra que é mais CMV".

Atraso na publicação da doença

O médico explicou que para serem publicados no boletim epidemiológico, há um atraso, um tempo de análise. “É difícil confirmar, porque a criança já chegou aqui com quatro meses. Mas ele é Zika Congênita, padrão completamente compatível, com exclusão de outras STORCHs. Mas fica como se fosse em investigação”, detalhou André Luiz.

Ele acrescentou que o Hias tem cadastrados mais de 150 pacientes com microcefalia, no entanto em torno de 70% ficam nos casos prováveis. São considerados casos prováveis os pacientes que não passaram pelo exame no tempo devido. “A criança chegou fora de uma faixa etária que a gente tivesse acesso aos exames que confirmassem”, acrescenta André Luiz Santos.

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