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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Detentos são suspeitos de comandarem golpe em site de vendas

Mesmo com os esforços da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) para remover aparelhos celulares das unidades prisionais cearenses, alguns detentos continuam tendo acesso aos equipamentos e gerenciando ações criminosas de dentro dos muros.

Uma investigação do 19º Distrito Policial, no Conjunto Esperança, apura a participação de três internos do Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (CPPL V), em Itaitinga, num esquema de golpes de vendas por meio do site/aplicativo OLX.

O titular do 19º DP, Sylvio Moreira, destaca que três mulheres presas, na última terça-feira (19), eram a companheira, a filha e a irmã de um dos internos, Francisco Juliano Santos Pereira, conhecido como 'Cabal'. Dois comparsas, que dividiriam a mesma cela com o acusado, foram citados em depoimento por uma das cinco pessoas autuadas. Um deles foi identificado como Davi José Alves da Costa, vulgo 'Peitão'. Os detentos teriam arquitetado e gerenciado toda a ação.

"Eles eram tanto os mandantes do crime, como seriam os beneficiados. O valor dos produtos vendidos era transferido para contas bancárias indicadas por eles. Temos provas da origem delituosa desses valores", afirma Moreira. Após a identificação dos internos, um comunicado foi enviado à direção da CPPL V, onde foi determinada uma varredura da cela. No xadrez, teriam sido recolhidos celulares.

Até a última quarta, cinco pessoas relataram à Polícia terem sido vítimas da organização criminosa. Ao longo do dia de ontem, outras procuraram a delegacia para expor novos casos. Elas vendiam produtos pela plataforma, acertavam o negócio com o suposto comprador e entregavam o material num encontro combinado. Contudo, só depois percebiam que tinham recebido falsos comprovantes de pagamento da transação.

Modus operandi

Segundo o delegado, todas as situações seguiam igual modus operandi utilizado pela quadrilha, desarticulada na tarde de terça. Ao todo, cinco pessoas foram presas. De acordo com informações de uma das vítimas, um carro sedan branco foi utilizado para aplicar o golpe. O motorista teria ido à casa da vítima pegar o videogame, no último dia 6.

Contudo, o veículo utilizado pelo grupo preso foi um hatch, de cor cinza, que estava na Rua Goiás, no bairro Demócrito Rocha, com Adriano Correia Martins. A descrição física do homem batia com a informada pelas vítimas. Após colaboração dele, os policiais chegaram a Gisleuda Oliveira da Silva, 35, e Juliana Silva Pereira, 18, que estavam com um videogame, e a Dalva Maria dos Santos, que estava com uma cadeira de rodas vendida pelo aplicativo.

Outros dois videogames foram encontrados numa oficina de eletrônicos, onde Edson Gonçalves de Souza, 24, também foi autuado. Ele seria responsável por tentar revender os objetos. Outra vítima que registrou Boletim de Ocorrência relatou que, ao reclamar do pagamento que não havia entrado na conta, chegou a ser ameaçada. Recebeu no celular uma foto em que aparecia ao lado da companheira com a legenda "decretada morte pela facção".

Todos os envolvidos vão responder por receptação, associação criminosa, extorsão e estelionato. A Polícia acredita que existam mais pessoas atuando na quadrilha desarticulada, já que uma das vítimas descreveu um homem diferente da fisionomia de Adriano. O delegado Sylvio Moreira reforça que quem tiver sido lesado em esquema semelhante pode procurar o 19º DP, levando provas do golpe.

Associação criminosa tinha um motorista responsável por intermediar as transações entre os detentos e as vítimas. Grupo também seria formado por companheira, irmã e tia de um dos presos envolvidos.

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