O preço médio dos produtos nos supermercados pode variar até 40% entre as diferentes regionais de Fortaleza, conforme levantamento divulgado pelo Procon nesta terça-feira (3). Uma pesquisa com o conjunto de 60 produtos mostrou que os supermercados da Regional III têm os preços mais elevados, enquanto a Regional IV apresentou os valores mais baratos.
O Procon Fortaleza pesquisou os preços de 60 itens, entre frutas, legumes, alimentos não perecíveis e produtos de higiene e limpeza. O levantamento foi realizado nos dias 19 e 20 de junho.
O conjunto desses 60 elementos custou, em média, R$ 469,99 na Regional III, que inclui bairros como Antônio Bezerra, Autran Nunes, Bonsucesso, Pici, Parquelândia e Presidente Kennedy. Já na Regional IV, que tem bairros como Benfica, Fátima, Montese e Parangaba, os itens custaram R$ 333,13.
Redução
O levantamento aponta que a soma da média dos 60 produtos em Fortaleza chegou a R$ 413,52 no mês de junho, contra R$ 414,87 em maio- redução de 0,32%.
Segundo o Procon, dos 60 itens pesquisados mensalmente, 39 tiveram aumento no preço médio entre maio e junho. O leite tipo C foi o que apresentou maior variação entre os meses, saindo de R$ 3,07 para R$ 3,80, alta de 23,89%. A batata inglesa, a carne bovina e o quilo do tomate também apresentaram aumento.
Outros 20 alimentos apresentaram redução no preço médio. O abacaxi diminuiu de R$ 4,76 em maio para R$ 3,70 em junho, uma queda de 22,25%. O quilo do pimentão verde passou de R$ 4,54 para R$ 3,73, uma redução de 17,74%.
Para a diretora geral do Procon Fortaleza, Cláudia Santos, o estoque reabastecido após a greve dos caminhoneiros pode ter ocasionado a leve redução nos preços dos produtos. Ela esclareceu que os estabelecimentos comerciais são obrigados a informar, em local visível ao consumidor, os descontos oferecidos em função do meio e do prazo de pagamento, ou diferença de preço para pagamento em cartão de crédito.
O Procon informou que a oferta anunciada pelo supermercado deve ser cumprida pelo estabelecimento, sob pena de multa que pode chegar a R$ 11 milhões. "Caso o estabelecimento não cumpra a determinação, ficará sujeito a penalidades previstas no Código de Defesa do Consumidor", disse Cláudia Santos.
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