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segunda-feira, 18 de junho de 2018

Falta de recursos atrasa ampliação de saneamento no CE

O cenário é comum sobretudo nas periferias: o líquido preto, que nem se ousa chamar de água, escorre livre pelos canteiros, acumula-se nas portas das casas e espalha no ar um odor-denúncia do problema a céu aberto. Do cheiro ruim e da sujeira, os mosquitos; deles, as doenças; todos integrando uma conjuntura que aumenta a complexidade para a universalização do saneamento básico no Ceará - tarefa que segue desafiando a Companhia de Água e Esgoto do Estado (Cagece), mesmo diante dos avanços graduais na cobertura da rede de esgoto e no acesso a água potável na Capital e na Região Metropolitana (RMF).

Conforme a Cagece, o acesso a água nos 152 municípios monitorados pela Companhia é quase integral, mas praticamente não evoluiu entre 2017 e os primeiros meses de 2018, passando de 98,26% para 98,3%. Em Fortaleza, porém, a efetividade na distribuição do recurso hídrico mostra progressos, se comparada ao percentual apresentado em 2016: segundo o Ranking do Saneamento Básico 2018, que considera dados registrados no Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS), pouco mais de 83% dos domicílios da Capital tinham acesso a água naquele ano, valor que, hoje, atinge 98,7% da população, segundo a Companhia cearense.

Os números relacionados à cobertura de coleta e tratamento de esgoto também apontam para um leve avanço, mas ainda revelam distância significativa até a universalização desses serviços. Em geral, nos municípios cearenses assistidos pela Cagece, a rede foi expandida de 41% para 41,8%, entre 2017 e 2018, o que corresponde a aproximadamente 58% do território sem coleta e tratamento de esgoto adequados.

Já em Fortaleza, o avanço entre o cenário contabilizado pelo SNIS, de 2016, e a atualização enviada pela Cagece ao Diário do Nordeste, relativa a 2018, é maior: naquele ano, 49,7% da Capital eram cobertos pelo serviço, o que a tornava a 65ª entre as 100 maiores cidades brasileiras em serviços de saneamento básico. Atualmente, de acordo com as informações da Companhia hídrica, 62% da cidade contam com coleta e tratamento públicos de resíduos.

Ações

No Ranking do Saneamento Básico 2018, realizado pelo Instituto Trata Brasil, com informações de 2016, a posição de Caucaia, segundo maior município cearense, era desanimadora: a cidade da RMF carregava, naquele ano, o sexto pior índice de abastecimento de água, com 32,6% da população sem acesso a fontes do recurso potável.

Neste ano, entretanto, o cenário é outro: segundo aponta a Cagece, mais de 97% da população caucaiense conta com abastecimento hídrico regular. Em relação à rede de esgoto, o percentual de cobertura em Caucaia teve crescimento de 31% para 46%, entre 2016 e 2018, o que corresponde, hoje, a mais da metade do Município em déficit de esgotamento sanitário.

Em nota, a Cagece declarou que "quando se trata da ampliação desses serviços, um dos maiores desafios encontrados pela maioria das companhias de saneamento do País é superar a pouca disponibilidade de recursos para captação pelos órgãos financiadores".

Apesar disso, informa a empresa, "somente neste ano, a Companhia assegurou o recurso de R$ 270 milhões, junto ao Ministério das Cidades, para obras de água e esgoto, e Caucaia é uma das cidades que será beneficiada" com o montante, além de Cascavel, Guaiúba, Pacajus e Fortaleza. Do total investido, R$ 250 milhões serão destinados a Fortaleza.

Atualmente, ainda conforme as informações da Companhia de Água e Esgoto do Ceará, "encontra-se em andamento, na Capital, a implantação do sistema de esgoto, que atenderá os bairros da margem esquerda do Cocó", intervenção que deverá beneficiar aproximadamente 135 mil pessoas.

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