(Foto: Leonardo Sales) |
Em Pentecoste, o mês de março terminou com 170mm de chuva, um milímetro a mais que no mesmo período em 2017, menos do que estava sendo esperado pelos meteorologistas e agricultores rurais.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a diminuição aconteceu devido ao afastamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) da costa do Estado, fenômeno responsável por trazer água ao Ceará durante a quadra invernosa. Com isso, o açude Pereira de Miranda que estava com 11 milhões e 370 mil metros cúbicos de água, equivalente a 3,16 da capacidade de armazenamento, baixou aproximadamente 400 mil m³.
A maior precipitação de março aconteceu dia 19, data em que é comemorado o Dia São José, padroeiro do Ceará, tendo sido observado 49mm pela Funceme. Desde então, o Pereira de Miranda voltou a receber água em pequenas quantidades.
Para a alegria do homem do campo, sob a influência dos dois sistemas indutores de chuvas – Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) – quase todos os municípios cearenses voltaram a registrar fortes precipitações em abril. Segundo dados da Funceme, nestes primeiros 14 dias choveu 128mm em Pentecoste. O valor supera com 40mm o mesmo período do ano passado.
Com quadra chuvosa melhor que a dos últimos anos de estiagem, os reservatórios da região acumularam mais água, o açude de Itapajé sangrou na última quarta-feira (11). Neste sábado (14), o Pereirão já atinge 220 cm de altura, 3,68%, cerca de 13 milhões e 400 mil metros cúbicos de água. A quantidade é maior que o máximo acumulado em 2017.
O açude São Mateus, em Canindé, está apenas com 42% da capacidade de armazenamento, longe de sangrar. As chuvas de lá não estão aumentando o volume do reservatório. Acompanhe o vídeo a seguir registrado neste sábado:
Por André Barros
Editor do Blog Notícias de Pentecoste
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