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quinta-feira, 22 de março de 2018

Falha em disjuntor causa apagão e paralisa 13 estados

O apagão que atingiu o Ceará e outros 12 estados do Norte e Nordeste brasileiro, ontem, alterou completamente a rotina de milhares de pessoas. Em Fortaleza, se no início da falta de energia, por volta das 15h48, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), ainda havia luz solar e os transtornos estavam relacionados ao tráfego urbano, ao comprometimento da oferta de serviços e a realização das atividades produtivas e domésticas, com o avançar das horas, a escuridão generalizada afetou qualquer tentativa de deslocamentos e permanência nas ruas. Na capital cearense, a população sofreu por pelo menos 2h horas a ausência de energia. Em determinadas regiões da cidade, por volta das 20h, o apagão ainda persistia. Em outras, após retornar, a energia apresentou oscilações e novas quedas.

O apagão, segundo o ONS, órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), ocorreu devido uma falha no disjuntor na subestação Xingu, no Pará. Esta ocorrência provocou o desligamento automático de diversas linhas de transmissão, componentes dos troncos de interligação, sobretudo, no Nordeste - com os nove estados afetados - e no Norte, em que foram atingidos Amapá, Amazonas, Pará e Tocantins.

A frequência nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste também foram atingidas, no entanto, as cargas interrompidas nessas regiões foram restabelecidas, em cerca de 20 minutos por conta da atuação do Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC).

Impactos

No Ceará, segundo a Enel Distribuição Ceará, o fornecimento de energia só foi normalizado em todos os municípios por volta das 20h54. Um ausência de energia que perdurou por 5h06. Nesse intervalo de tempo, muitos foram os transtornos. Na Capital, os obstáculos iam desde as tentativas de regressar para casa a simples travessia das ruas. Quem precisou se deslocar ontem durante o apagão teve que redobrar os cuidados, a atenção e a paciência.

Na capital cearense, a população sofreu por, pelo menos, duas horas a ausência de energia. Em determinadas regiões da cidade, no entanto, por volta das 20 horas, o apagão ainda persistia (Foto: Natinho Rodrigues)

Em Fortaleza, dos 850 semáforos, 670 distribuídos em todos os bairros ficaram sem funcionar e sobraram problemas para pedestres, motoristas, motociclistas e usuários do transporte público. Do total, cerca de 180 semáforos continuaram funcionando normalmente após o apagão por conta do nobreak, um dispositivo instalado pela Prefeitura de Fortaleza que garante o pleno funcionamento do sistema por até 3h. Por volta das 21h30, 92% da rede semafórica foi restabelecida e voltou a operar dentro da normalidade em Fortaleza, conforme a AMC.

Por conta do apagão, todo o efetivo da AMC juntamente com os orientadores de tráfego, teve que ir às ruas, segundo a Pasta. Os agentes foram distribuídos nos cruzamentos das principais vias da Cidade. Conforme apurado pelo Diário do Nordeste foram registrados engarrafamentos extensos nas avenidas Desembargador Moreira, Virgílio Távora, Pontes Vieira, Antônio Sales, Bezerra de Menezes, Treze de Maio, Heráclito Graça, Rogaciano Leite, Aguanambi, Washington Soares e Domingos Olímpio.

Um dos pontos complicados que contava com a presença da AMC era o cruzamento da Av. Domingos Olímpio com a Rua Barão de Aratanha. No local, por volta das 18h30 veículos circulavam em três sentidos e apenas um agente tentava orientar e controlar o trânsito. Usuários de transporte público também foram prejudicados.

Na Av. Heráclito Graça, próximo ao cruzamento com a Av. Rui Barbosa, passageiros aguardavam a condução por quase 40 minutos. "A gente viu o trânsito começar a piorar por volta de 15h50, quando os semáforos apagaram. Aí tá essa confusão", diz Elenice Nascimento, que tentava voltar para sua casa no bairro Tancredo Neves. Aldenice da Rocha, que seguia para o Mucuripe, afirma que cogitou ir a pé até outro ponto, na tentativa de encontrar o ônibus no caminho.

Já o motorista da Uber Luiz Carlos, de 35 anos, tentava cancelar uma viagem que aceitou 25 minutos antes, porém, sem sucesso: a queda de energia também comprometeu a Internet móvel do celular, impedindo o acesso ao aplicativo. "Deixei o carro numa vaga aqui na Heráclito Graça e comecei a andar pela rua para tentar conseguir sinal. Agora, só quero chegar em casa", disse o motorista, que mora no bairro Cidade 2000.

No Centro, diversas lojas foram fechadas e os trabalhadores liberados. "Eu saio geralmente por volta das 18h, mas hoje, quando perceberam que era um apagão, liberaram todo mundo. Lá, são uns 14 empregados", contou a funcionária de uma empresa de empréstimos consignados, Fabíola Firmeza. Liberada por volta das 16h30, ela esperava o esposo que iria busca-lá, porém, a comunicação com ele também foi afetada. "Meu esposo vem do Papicu, mas eu nem consigo ligar pra ele. Só consegui falar por mensagem", reforçou.

Em relação o tráfego nas rodovias, a Polícia Rodoviária Federal informou que equipes foram acionadas para orientação de trânsito principalmente nos locais mais afetados. Nos limites de Fortaleza, o trânsito ficou crítico na BR-222, nas proximidades da Lagoa do Tabapuá.

Outros transportes afetados foram as linhas de metrô. A operação da Linha Sul do Metrofor - que liga o Centro de Fortaleza a Pacatuba foi suspensa, no final da tarde, em decorrência do apagão. O funcionamento normal da Linha é de 5h30 às 21h. As demais linhas operadas pela Cia Cearense de Transportes Metropolitano (Linha Oeste, VLT Cariri e VLT Sobral) tiveram operação encerrada mais cedo, às 17h30. Já o Aeroporto Internacional Pinto Martins, na Capital, registrou 10 minutos sem energia. Depois, as operação foram retomadas. Mas, estacionamento, escadas rolantes e elevadores ficaram sem operação. (Colaborou Bárbara Câmara)

Fique por dentro
O que causou a queda de energia em parte do País

De acordo com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata Ferreira, a queda no fornecimento de energia foi causada em razão de falha em um disjuntor na Subestação Xingu, no Pará, responsável pela distribuição da maior parte da carga gerada pela Usina de Belo Monte para a Região Sudeste.

Quando o disjuntor foi desligado, houve um excesso de geração de energia para a Região Norte, disparando uma proteção automática em todo o sistema e separando as regiões Norte e Nordeste (entre si) e do resto do país. O blecaute também afetou as regiões Sul e Sudeste, mas sem maior gravidade.

O apagão se iniciou às 15h48, provocando interrupção do suprimento de energia elétrica e levando transtornos a mais de 70 milhões de brasileiros. Ainda não se sabe o que provocou a falha no disjuntor, mas a ONS descartou sobrecarga no sistema, fatores climáticos ou queimadas.

Todas as empresas responsáveis diretamente pelo sistema afetado farão reunião na sexta-feira (23) ou na segunda-feira (26) para detalhar os fatores que contribuíram para a falha no disjuntor.

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