Uma operação conjunta das Polícias Civis de Goiás e do Distrito Federal desarticulou uma quadrilha que fraudou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 e estava com tudo pronto para fraudar novamente a prova, que se inicia no domingo (5), em todo o País.
Ao todo, são oito mandados de prisão, dos quais sete foram cumpridos ontem, sendo três detenções em Goiás e três em Brasília - um mandado foi expedido contra uma pessoa que já estava presa. Um suspeito segue foragido. As investigações ainda não estavam concluídas, mas a Operação Porta Fechada foi deflagrada para evitar o sucesso da quadrilha no Enem deste ano.
"Antecipamos a operação para resguardar a lisura do certame", afirmou o delegado Rômulo Figueiredo Matos, da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública (Derccap), e que comanda a operação em Goiás. Nas palavras dele, o volume de dinheiro movimentado pelo bando "é assustador".
Entre os investigados está um ex-funcionário do Centro de Promoção e Seleção de Eventos (Cesp), atual Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), em Brasília.
Vídeo divulgado pela Polícia mostra o ex-servidor, preso ontem, transitando dentro do Cespe com envelopes que conteriam cartões nominais de candidatos preenchido com as respostas obtidas a partir do original do gabaritos de concursos preparados pelo Cespe. O servidor acessava o cofre da instituição, retirando e devolvendo envelopes antes da correção pelas bancas.
Uma única candidata de Goiânia teria pago R$ 800 mil em um "pacote" para fraudar, ao mesmo tempo, o último Enem para a filha, e o concurso para delegado da Polícia Civil em Goiás.
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