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sábado, 2 de setembro de 2017

Quadrilha pode ter sonegado R$ 300 milhões em impostos em apenas um ano de atuação no Ceará

Em apenas um ano, o estado do Ceará pode ter sofrido um prejuízo fiscal de aproximadamente R$ 300 milhões. Esta é a conclusão que as autoridades policiais e fazendárias fazem em relação às atividades de uma organização criminosa que começou a ser desmantelada graças à delação de um ex-integrante da quadrilha.

O bando foi desarticulado numa investigação sigilosa realizada pela Polícia Civil. Doze pessoas envolvidas ou suspeitas de participação no esquema permanecem detidas após prisão efetuada na última sexta-feira (1º) na “Operação Dissimulare”.

Para chegar a todos os envolvidos no esquema criminoso a Polícia Judiciária do Ceará instaurou um inquérito na Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Administração e Finanças Públicas (DCCAFP). O titular daquela Especializada, delegado Márcio Gutierrez descobriu que, além de empresários do ramo de tecidos e roupas, havia a participação de, ao menos, dois auditores fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), além de aproximadamente 100 “laranjas”, isto é, pessoas que “emprestaram” seu nome para as operações fraudulentas contra o Fisco.

Nesta sexta-feira (1º), foram presas preventivamente as seguintes pessoas: os empresários Marcos Venícius Rocha Silva (presidente do Sindicato dos Empresários de Confecções/SindConfecções), José Orlando Rodrigues de Sena e Antônio Batista da Silva. Também capturados os auditores fiscais da Sefaz, Paulo Sérgio Coutinho de Almada e Antônio Alves Brasil.

Também foram pessoas outras sete pessoas tidas pela Polícia como “operadoras” do esquema criminoso. São elas: Maria Soraia de Almeida, Suzi Cardoso Lima, Daniel Rocha de Sousa, Bruno Rafael Pereira Carvalho, Mirtes Coutinho Carvalho, Natália de Souza Costa e Thamara Almada do Nascimento. Todos tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça à pedido da DCCAFP.

Fuga

Além das 12 pessoas que já estão atrás das grades, a Polícia faz buscas para prender outras três, que seriam também “cabeças” da organização criminosa e estão, oficialmente, foragidas da Justiça. São elas: Jovilson Coutinho Ramalho, Francisco José Timbó de Farias e Carlos André Maia Sousa. Jovilson é irmão do auditor fiscal da Sefaz, Paulo Coutinho (preso) e apontado como o chefe da quadrilha.

De acordo com as investigações, a quadrilha vinha operando no Ceará há, pelo menos, cinco anos, usando empresas de “fachada” para comprar um grande volume de tecidos em outros estados e repassá-los para terceiros a preços abaixo do praticado no mercado. Isso era possível graças ao não pagamento dos impostos devidos. Para tanto, o bando contava com a “colaboração” dos auditores fiscais. Jovilson Coutinho manipulava até 46 empresas de “fachada” para burlar o Fisco.

O começo

Ainda no ano passado, a Polícia começou a investigar a máfia que existia no setor têxtil, quando foram presos um empresário do setor e dois contadores, suspeitos de uma fraude contra o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS).

Foi a partir deste fato que as investigações foram se aprofundando até a Polícia chegar ao grande esquema criminoso que abastecia pequenos comerciantes do “Beco da Poeira” e da Feira da José Avelino, em Fortaleza. Desde o ano passado o chefe do bando – Jovilson Coutinho Ramalho – está foragido, assim como seu comparsa, Francisco José Timbó Farias.

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