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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Cearense é chamado de “nordestino fracassado” ao tentar comprar iPhone em loja de São Paulo

O preconceito contra a região Nordeste do Brasil, apesar de ser crime, ainda é bastante frequente em todo o país. Nesta terça-feira (27), mais um ato preconceituoso contra um cearense foi registrado. O universitário Guilherme Ribeiro, de 18 anos, natural de Juazeiro do Norte, a 490 quilômetros de Fortaleza, foi a vítima da vez.
Guilherme contou que tentou negociar a compra de um Smartphone com um comerciante de Assis, interior de São Paulo, no valor de R$ 2.800. Segundo o cearense, um homem identificado como Vinícius Rampazzo teria sido o agressor.

“Estava fazendo umas pesquisas para comprar um iPhone para revender e encontrei essa loja. Comecei a conversar com ele por Whatsapp e tentar combinar de buscar os celulares no Bairro Jardins, zona nobre de São Paulo, já que eu vou viajar agora no início do ano para lá. Para combinar eu mandei um áudio e quando ele escutou, ele me respondeu de forma preconceituosa”, explicou Guilherme.

Como resposta às propostas de Guilherme, Vinícius mandou um áudio no qual chama todos os nordestinos de nojentos. “Procura (o celular) nessa desgraça de lugar imundo que você mora, que é o Nordeste. Entendeu, seu fracassado? Acha que eu negocio com nordestino pé-rapado? Seu nojento“, falou.

Além de ofender Guilherme, Vinícius mandou outro áudio afirmando que a tentativa de compra do cearense seria um golpe. “Aqui ninguém cai nesse tipo de golpe não, escória do mundo“, completou.


Para Guilherme, essa atitude do paulista seria algo triste e infeliz. “Realmente eu fiquei bastante triste quando ele me mandou esses áudios. No momento, não acreditei quando ouvi. Me senti muito mal e lamento não só por mim, mas também por todos os nordestinos e cearenses”, contou.

O cearense registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia Regional de Juazeiro do Norte e encaminhou uma solicitação de processo judicial no Fórum do município. Ainda de acordo com Guilherme, tudo o que ele espera é que o comerciante peça desculpas e evite cometer outros atos como este.

“Já registramos um BO na delegacia e vamos entrar com um processo na Justiça. Mas, na verdade, só quero que ele peça desculpas e evite fazer isso com outras pessoas, pois isso é um absurdo”, concluiu o cearense.

Crime

De acordo com a Lei N° 9.459, realizar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime. O praticante do ato está passível a pena de um a três anos de reclusão e multa.

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