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terça-feira, 18 de outubro de 2016

Desmonte de prefeituras: Ceará tem 30 denúncias

A Ouvidoria do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará (TCM) recebeu cerca de 30 denúncias referentes a desmonte de prefeituras durante o processo eleitoral deste ano. Passado o primeiro turno da eleição, o presidente do TCM, conselheiro Francisco de Paula Rocha Aguiar, explica que nem todas as acusações se materializam, mas ressalta que o Tribunal segue apurando as supostas irregularidades, em conjunto com o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). Ontem, técnicos do TCM e promotores de Justiça do MP vistoriavam seis municípios onde há queixa de desmonte.
Paralelo a atividades de fiscalização executadas nas seis localidades, ontem, um evento que tinha como público-alvo os gestores dos municípios ocorreu na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Fortaleza. O encontro, organizado pelo MP-CE e pelo TCM, contou com a presença de 73 prefeitos. Na ocasião, foram reforçadas as orientações contra as práticas que provocam danos administrativos no período de transição entre as gestões.
O presidente do TCM, conselheiro Francisco de Paula Rocha Aguiar, reforçou que a legislação "é muito rígida para o último ano da administração municipal", o que segundo ele, resulta em "muitas proibições". Aliado a este endurecimento, a redução das receitas das cidades também é vista, segundo o conselheiro, como motivo de alerta, já que pode gerar mais dificuldade no cumprimento das exigências legais por parte dos prefeitos neste momento específico.
Apuração
O conselheiro explica que nem todas as denúncias de práticas irregulares protagonizadas por gestores que não conseguiram a reeleição ou a eleição dos seus sucessores - enviadas ao Tribunal - têm se efetivado no decorrer da apuração. Francisco reforça que "o TCM tem ferramentas virtuais avançadas" e é possível "saber exatamente o que está ocorrendo no município em tempo real ou dependendo da população, no máximo em 24h".
O TCM tem conhecimento do perfil dos administradores municipais desde que os mesmos iniciaram os mandatos em 2013, acrescentou o presidente. Este fato, explica, favorece o acompanhamento e a apuração das acusações contras os gestores.
De acordo com procurador-geral de Justiça Plácido Barroso Rios, diante da impossibilidade de focar nos 184 municípios, o MP-CE "se ateve àqueles onde já foi identificada a possibilidade maior de ocorrer irregularidades". Esta cidades já estavam sendo monitoradas pelos órgãos de controle externo, informa o procurador, por já "terem atividades suspeitas e históricos de ações reiteradas nesse sentido".
Segundo Plácido, irregularidades de todas as ordens estão sendo apuradas e vão desde a apropriação do mobiliário da Prefeitura até a demissão de servidores. As consequências para os autores das irregularidades, explica, se dão no aspecto cível, com atos de improbidade administrativa, caso seja configurado desvio de patrimônio ou de recursos, e na área criminal.
As ações para evitar os desmontes também são enfatizadas pelo presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Expedito José, prefeito de Piquet Carneiro. O gestor ressalta ainda as dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios e diz que "resta esperar que venha alguma ação financeira da União, algum dinheiro a mais para que facilite aos gestores entregar as prefeituras sanadas".
Via: Diário do Nordeste

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