Na última segunda-feira (23), estivemos na cidade de Paramoti, para checarmos a informação de que já estaria descendo água do rio Canindé para Pentecoste. Ainda no caminho de acesso ao município encontramos vários agricultores felizes com as chuvas e tristes com a ausência do poder público no incentivo de políticas públicas para permanência de suas famílias no campo. Foi o caso do Senhor Tó, morador da comunidade de Aroeira e uma parada obrigatória de quem passa naquelas 'bandas' do assentamento da reforma agrária solidária. Seu Tó, com seu bigode avantajado e seu inseparável chapelão, lamenta ter vendido o gado devido à estiagem dos últimos três anos, ele disse ter trocado o gado pela criação de caprinos e ovinos, por conta da maior facilidade na criação destes animais.
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| Seu Tó |
Saindo de Aroeira fomos à cidade de Paramoti, na extrema do município com Pentecoste. Lá os moradores denunciam a retirada de areia do leito do Rio Canindé de forma ilegal. Segundo os mesmos, cerca de 90 caçambas saem todos os dias, a toda hora com retirada de areia.
A preocupação maior dos moradores são os prejuízos socioambientais para os municípios banhados pelo rio, como Canindé, Paromoti e Pentecoste.
Chegando a sede do município de Paramoti tivemos a satisfação de flagar o exato momento da chegada da água na ponte que liga a cidade a outros municípios da região. Ainda de forma tímida, a água descia lentamente abrindo caminho entre as barreiras feitas pelas maquinas que aos poucos vai assoreando o leito do rio, mesmo assim não deixou de ser um espetáculo observado do alto da ponte pelos moradores, e pelas lentes deste blog.
Sobre a denúncia feita das retiradas de areia do leito do Rio Canindé, salientamos que o blog entrará em contato com a SEMACE, levando o caso ao conhecimento do órgão responsável.
Texto Raimundo Moura, Reportagem Zé da Legnas, cinegrafista Israel Carneiro
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