Por: Alberto Perdigão
O DNOCS completa hoje 80 anos de atuação na piscicultura.
Uma solenidade está agendada para quarta-feira (14), a fim de marcar a data. O ato será realizado no Centro de Pesquisas em Aquicultura Rodolpho von Ihering (CPAq), em Pentecoste (CE), a cabeça de uma rede de 14 estações de piscicultura espalhadas nos estados da área de atuação da autarquia.
A estrutura de pesquisa e ensino gera e difunde tecnologia do melhoramento genético de espécies, do cultivo e beneficiamento do pescado e, mais recentemente, do aproveitamento das vísceras do peixe para a produção de biocombustível. São estas atividades que fomentam o desenvolvimento da piscicultura, gerando mais trabalho, renda e alimento na região.
A história da piscicultura no DNOCS começa no ano de 1932, como uma complementação das ações de acumulação de água. Neste ano, foi criada a Comissão Técnica de Piscicultura, inicialmente dirigida por Rodolpho von Ihering, que iniciou os trabalhos de identificação da ictiofauna regional. Técnicas importantes, como a hipofisação, para induzir a desova e a criação de peixes reofílicos em cativeiro, o povoamento das barragens recém construídas, foram então desenvolvidas e postas em prática.
Já nos anos 40 do século passado foi iniciado, com sucesso, o trabalho de introdução de novas espécies, preferencialmente da bacia amazônica. Marco importante dessas políticas foi a introdução da tilápia, Oreochromis niloticus, no início dos anos 70, oriunda da Costa do Marfim. Começaram aí as primeiras tentativas de se implantar o cultivo profissional e comercial de peixes na região.
Os frequentes cursos de capacitação ministrados neste Centro de Pesquisas e a reintrodução de uma cepa pura de tilápia nilótica oriunda da Tailândia, no ano de 2002, deram o empurrão definitivo para que o Ceará se tornasse o maior produtor (e consumidor) de tilápia do país. O cultivo de tilápia se encontra hoje em plena expansão no país especialmente nos estados do Nordeste e Centro-Oeste.
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